๑Dark Romance๑. +18
A apreensão de uma alma corrompida, pelo desejo de ser aceita, tem os seus altos custos...
Ele estava caçando por nós, derrubando todas as vidas que via, apenas por sua ignorância e ganância por poder, o amargo poder.
Não saberia...
Minha cabeça doia, como se a dor pulsasse dentro do meu cérebro, mesmo que parecesse estar encostada em algo macio...
Abro os meus olhos lentamente, percebendo que estavam um pouco embaçados... Era difícil ficar acordada.
Mente abalada, corpo dolorido... Estava tão zonza que não queria levantar seja lá onde estava deitada...
Começo a mexer os ossos das minhas asas, mas sinto uma pontada de dor repentina em uma delas... Algo estava errado.
Viro meu pescoço para trás, tentando vê-las de melhor forma, observando que uma delas estava com um corte profundo ao meio, encoberto pelas penas, as quais ainda estavam com sangue.
Apoio meus braços na cama, tentando ficar sentada, notando que estava deitada em um enorme colchão, com lençóis brancos.
Assim que abro melhor a minha visão, meus olhos chegam a arder com tanta claridade vinda em minhas pupilas contraídas.
Era um quarto enorme, porém parecia um tanto abandonado pelo tempo... As paredes eram de mármore branca em sua totalidade, entretanto, as plantas tomavam conta de quaisquer canto.
Alguns vidros chegavam a ficar coloridos pela forte luz que vinha do sol ao lado de fora, demonstrando talvez uma puricidade daquele local...
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Tento me levantar, o chão era desgastado, mas já estava acostumada assim... O cheiro das mais diversas flores eram reconfortantes, acalmando a minha dor.
Dou alguns passos pelo azulejo, meus pés estavam descalços e a brisa que se passava era maravilhosa... Realmente estava em um castelo? Ou talvez fosse uma mansão? Não saberia dizer.
O que aconteceu comigo, ou como vim parar aqui...? Tudo era um mistério para mim, sem conclusões. Até mesmo não consigo cogitar que aquela tragédia realmente aconteceu... Poderia ter sido um sonho... Mas então, como eu estaria aqui?
O quarto continha várias vidraças, em outra janelas não havia nem isso, com algumas sacadas totalmente abertas. As borboletas saiam em direção a elas, enquanto o vento batia nas plantas.
As folhas caiam até mesmo sobre a cama, pois haviam imensas trepadeiras por todo o teto de mármore, até mesmo raízes tomando conta do piso.
Me sentia melhor por estar em um local assim, extremamente diferente do pequeno quarto onde morava... Poderia ser desconfortante o toque abandonado, mas apenas me lembrava da árvore em que morava pela quantidade de plantas.
Mas, teria que sair daqui, explorar onde estava... Era tudo realmente confuso. Sentia uma fome agressiva em meu estômago.
Caminho em direção a uma das sacadas do quarto, para tentar ver em que lugar encontrava-me...
Minhas asas arrastavam ao chão, descontraídas, porém ainda sentia um pouco do sangue em minha asa direita... Era como se uma faca, ou alguma arma parecida, tivesse sido penetrada bem ao meio...
Assim que passo pela entrada da varanda, fico ainda mais abismada ao ver que não havia nem sequer como eu descobrir onde estava, pois a paisagem era apenas de milhares e milhares de nuvens...
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Então... Eu estava acima dos céus...? Não compreendia como isso poderia ser possível... Uma construção ser firmada em meio aos céus...
Volto outra vez para o quarto, iria para a porta de entrada, a qual era mais do que o dobro da minha altura, mas o material cujo era feita seria um vidro extremamente trabalhado, com as plantas caindo por cima de si.
Vou um tanto acelerada para ela, mas escuto uma leve risada, a qual vinha de algum lugar, mas não consigo identificar.
