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As horas passavam e Ayara ainda não tinha chegado em casa. Ela tinha ido estudar na casa da amiga para despistar os pais de Bárbara, que andavam desconfiados e fazendo muitas perguntas. Para evitar possíveis problemas, nós decidimos seguir o plano de ser mais discretos quanto às suas visitas à minha casa. Eu me sentia como um garoto fazendo bobagens, movido pelo sentimento por Bárbara, que aumentava a cada dia.

Após o jantar, me joguei no sofá da sala como de costume, para assistir a uma partida de futebol, esperando Ayara chegar. Só conseguia dormir tranquilo quando todos estavam em casa. No chão, em cima do tapete, Ana Clara distraída brincava de panelinha com suas bonecas. Ela já usava o pijaminha de dormir, com estampas de estrelas e luas. Eu olhava para ela e pensava em como seria o nosso futuro, se Bárbara aceitaria ser a mãe dela, se nós conseguiríamos ficar juntos. Eu sabia que era um sonho difícil, mas eu não podia desistir e nem dar pra trás, havia dado a minha palavra a Bárbara de que cuidaria de tudo para que ficássemos juntos e pretendia levar meus planos adiante.

O último gol do meu time me fez vibrar de emoção.

— Vamos Fluzão, segura essa partida — eu gritei, vidrado na tela, torcendo para que o jogo se encerrasse e nós ganhássemos a partida.

O som do apito final ecoou pela sala, marcando o término do jogo. Com um salto de entusiasmo, meus olhos se voltaram para o relógio na parede, cujos ponteiros indicavam que já passava da hora de levar minha filha para dormir. Erguendo-me do sofá, me aproximei dela, que me recebeu com um sorriso caloroso.

— Papai, você está contente? — ela indagou, com uma curiosidade inocente em sua voz.

— Sim, minha querida, estou muito contente. Nosso time saiu vitorioso hoje — respondi, retribuindo seu sorriso com alegria genuína.

— Isso é ótimo, papai! Eu também estou contente por você — ela expressou, abraçando sua boneca favorita com carinho.

— Filha... — chamei sua atenção, pegando o controle remoto para desligar a televisão.

— O que foi, papai? — ela questionou, seus olhos azuis brilhando, tão semelhantes aos de sua mãe, Elisabeth.

Deliguei a televisão e joguei o controle remoto em cima do sofá.

— Já é hora de dormir, princesa. Amanhã é um novo dia, cheio de aventuras esperando por você e suas bonecas — falei, a pegando no colo e depositando um beijo suave em sua bochecha.

— Mas eu não estou com sono ainda, papai — ela protestou, franzindo os lábios em um biquinho adorável.

Segurando-a firme, caminhei em direção à escada que nos levaria ao segundo andar, onde seu quarto a aguardava.

— Você precisa descansar, meu amor. Amanhã tem aula cedo, e você precisa estar descansada para aprender coisas novas — expliquei, enquanto a fazia rir com cócegas leves.

Entre Segredos e Paixões 2 - Laços do CoraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora