Ayara Arantes, vive seu tão desejado sonho de relacionamento perfeito. A vida parece vibrante e repleta de cores e alegria. No entanto há segredos estão sendo mantidos nas sombras, girando silenciosamente em seu entorno. Quando esses segredos finalm...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Mal consegui dormir à noite, pensando na minha situação. Ainda não sabia o que fazer para ajudar Paola, e também não sabia como dar a notícia a Ayara de que seria pai. Via-me mergulhado em angústia, pois não queria desamparar Paola naquele momento tão delicado, mas também não queria perder Ayara.
Pensei em ajudar Paola financeiramente e seguir com meus planos de casamento, mas temia que Ayara não aceitasse meu filho, do qual eu não abriria mão. Também me preocupei com o que aconteceria quando eu tivesse que acompanhar Paola nas consultas do pré-natal, nos exames, ou até mesmo no dia em que ela desse à luz. Ayara provavelmente se sentiria péssima com tudo aquilo.
Seja qual fosse a decisão que eu tivesse que tomar, precisava fazê-la com cautela, pois não queria magoar ninguém.
Estava com os olhos inchados de sono e a coluna doendo por passar tantas horas rolando de um lado para o outro sem conseguir pregar os olhos. Assim que amanheceu, arrastei-me para fora da cama, sentindo cada músculo reclamar pelo descanso que não veio. Fiz minha higiene matinal e fui até a cozinha da cobertura, ainda usando a calça e a camisa do pijama. Preparei uma xícara de café bem forte e depois me sentei no sofá da sala, olhando para o horizonte através das amplas janelas de vidro. O tempo nublado, que anunciava chuva, colaborava ainda mais para que meus pensamentos somados ao clima tornassem tudo ainda mais melancólico.
Peguei o celular em cima da mesinha, pensando em mandar uma mensagem para Ayara, pedindo que ela viesse até a cobertura para conversarmos. Mas não deu tempo. O som da campainha reverberou pela cobertura, chamando minha atenção.
Levantei-me e fui até a porta. Ao olhar pelo olho mágico, soltei um suspiro. Não estava disposto a conversar com ninguém naquele momento, especialmente com Sabrina, ainda mais tão cedo pela manhã. Abri a porta e lancei um olhar desinteressado para minha irmã, que aguardava ser recebida. Ela trajava uma calça jeans combinada com uma blusa social rosa e carregava uma bolsa no antebraço.
— Bom dia, irmãozinho! — Sabrina abriu um sorriso radiante ao me ver na porta. Ela esperava que eu retribuísse o gesto, mas apenas me afastei e voltei ao sofá em silêncio. Fechando a porta atrás de si, ela me seguiu, com os olhos cheios de curiosidade.
— Aconteceu alguma coisa? Cheguei cedo demais? Brigou com a Ayara? — perguntou, a expressão carregada de preocupação.
Sacudi a cabeça, soltando um suspiro pesado.
— Não, a Ayara e eu estamos bem.
Fiquei em silêncio por um momento, sentindo o peso do que estava prestes a dizer. Sabia que, ao contar sobre a gravidez de Paola, Sabrina provavelmente ficaria decepcionada.
— Por enquanto — acrescentei, deixando um ar de incerteza.
— Por enquanto? — Sabrina se sentou ao meu lado, os olhos presos nos meus, exigindo uma explicação.
