Ayara Arantes, vive seu tão desejado sonho de relacionamento perfeito. A vida parece vibrante e repleta de cores e alegria. No entanto há segredos estão sendo mantidos nas sombras, girando silenciosamente em seu entorno. Quando esses segredos finalm...
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No dia seguinte, acordei com vozes vindas do primeiro andar da casa. A primeira coisa que fiz foi notar que no meu relógio digital, que estava em cima do móvel ao lado da cama, marcava sete da manhã. Acordei extremamente cansada, devido às poucas horas de sono. Passei a noite toda rolando na cama, sem conseguir pregar os olhos, pensando no que poderia estar acontecendo.
Sabrina estava misteriosa e Sebastian estava estranho demais para ser ignorado. E eu tinha a plena certeza de que no dia do evento tudo seria esclarecido. Pulei da cama e fui até as janelas. Ao empurrar as cortinas, dei de cara com um dia nublado e sem graça. Não demorei muito e fui para o meu banheiro, onde apenas lavei o rosto e escovei os dentes. Depois, saí do quarto ainda usando o pijama.
Quando cheguei na cozinha, encontrei Bárbara, Miguel e Ana Clara sentados à mesa, conversando animadamente e tomando café. Miguel não usava o terno, apenas um short cinza e uma regata branca que revelavam seus músculos. Minha amiga usava uma calça jeans azul e uma blusa rosa simples. Ana Clara estava uniformizada, com uma saia xadrez e uma camisa branca. Seus cabelos estavam presos nas laterais com xuxinhas coloridas. Puxei uma cadeira em silêncio e me sentei, vendo-os me observar.
— Bom dia para você também — notei sarcasmo no tom da minha amiga, que me olhava com um sorriso irônico.
— Bom dia — eu resmunguei, pegando um copo e enchendo-o de suco. Não estava com vontade de conversar.
— Ayara, o papai vai ficar em casa hoje e vai me levar no colégio junto com a titia Bárbara — Ana Clara comentou feliz, abraçando o pai. Ela adorava quando ele ficava em casa e a levava para o colégio.
— Legal — eu voltei a resmungar, sem demonstrar interesse.
Eles se entreolharam, percebendo o meu mau humor.
— Você está com uma cara horrível — Miguel comentou, preocupado. — Aconteceu alguma coisa?
— Só não dormi muito bem à noite — voltei a resmungar, evitando o seu olhar. Meu humor não estava nada bom naquela manhã.
— Já sei, brigou com o namorado? — Bárbara insinuou, maliciosa.
Peguei um pãozinho e passei manteiga nele, e dei uma mordida, pensando na forma como o Sebastian me tratou naquela ligação quando eu citei sobre o evento na FAST. Ele estava frio, distante e ansioso para me dizer alguma coisa que eu tinha quase a certeza de que não era bom.
— Não! — eu respondi, seca.
Virei o copo de suco na boca enquanto eles continuavam me olhando, curiosos.
— A propósito, Bárbara, no sábado temos uma festa de gala para ir, e precisamos ir comprar o seu vestido — eu mudei de assunto, tentando disfarçar o meu desconforto.
— Que festa é essa? — Miguel perguntou, interessado.
— A comemoração dos trinta anos da FAST — respondi, seca. Não queria entrar em detalhes sobre o assunto.
