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Eu estava em pé junto dos outros padrinhos e madrinhas, ouvindo atentamente as orientações da cerimonialista. Ela nos explicava como seria a entrada, a ordem, a posição, e tudo mais que envolvia a nossa participação na cerimônia. Eu esperava o Felipe, que seria o meu par, chegar. Ele estava atrasado, como sempre. Enquanto isso, eu olhava para dentro do salão onde seria feito o casamento.

A decoração era de muito bom gosto e requinte. O tapete vermelho liso se estendia pelo corredor central, onde cadeiras escuras e arranjos florais altos em bases iluminadas se alinhavam. As flores, em tons de rosa, lilás e branco, davam um toque de sofisticação ao ambiente. 

Em meio aquele clima romântico, eu senti uma pontada de tristeza, porque aquilo me lembrava do meu sonho de me casar com o Sebastian, de ter um casamento lindo e perfeito como o da minha amiga, de ser feliz e amada como ela era. Mas eu não podia ser egoísta, eu não podia estragar o dia dela, eu não podia mostrar a minha dor. Eu precisava manter um sorriso no rosto, por mim e principalmente pela minha amiga.

— Você está com uma carinha tão triste. O que foi, não quer que o Miguel se case? — Ouvi alguém dizer, com uma voz doce e carinhosa.

Olhei para o lado e vi a Dulce, ou como eu a chamava de vovó Dulce, a mãe do Miguel. Ela estava muito bem-vestida, com um vestido vermelho longo, de costas fechadas e mangas compridas, que realçava a sua pele branca e pálida, cheia de manchas de velhice. No peito, ela usava um broche de ouro, que brilhava com a luz. Ela tinha setenta e dois anos, e estava muito bem conservada para a sua idade. Seus olhos expressivos azuis, como os olhos do Miguel, eram cheios de vida e bondade. Seus cabelos grisalhos estavam penteados em cima da cabeça, com um coque elegante e discreto.

Ela era como uma avó para mim, sempre me tratando com carinho e respeito, sempre me dando conselhos e apoio. Ela era uma mulher incrível, e eu tinha muita admiração por ela.

O Miguel já tinha armado tudo, disse que enquanto estivesse fora em lua de mel, a mãe dele ficaria responsável por mim e pela Ana Clara. Ela ficaria responsável pela casa durante esses dias, cuidando de tudo, como se fosse a sua própria casa. Ela tinha aceitado de bom grado, dizendo que adorava a companhia das netas, e que seria um prazer me ajudar.

— Oi, vovó — eu cumprimentei com um sorriso radiante. Ela se aproximou e me olhou com admiração e orgulho, ajeitando a cintura do meu vestido.

Eu usava o mesmo modelo das outras madrinhas. Um vestido azul longo, de tecido leve e brilhante, com uma fenda discreta na perna, que revelava as sandálias de salto alto. Os ombros ficavam à mostra, e o decote era delicado, realçando o colo. No busto, havia pedrinhas que brilhavam com a luz, combinando com as luvas longas de seda que vestíamos. Eu me sentia uma princesa com aquele vestido escolhido pela Cecília, que organizou todo o casamento.

— Está tão linda, minha querida. Se o seu vestido fosse branco, poderia facilmente ofuscar o brilho da noiva — ela elogiou, passando a mão pelo meu cabelo solto.

Entre Segredos e Paixões 2 - Laços do CoraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora