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Assim que cheguei em casa depois do trabalho, segui direto para o quarto. Meu plano era tomar um banho e me arrumar para levar Ayara para jantar, mas eu estava mal por ter traído ela com a Paola e por tentar agir normalmente, como se nada tivesse acontecido. E tudo ficava pior porque eu não conseguia parar de pensar na Paola, nos seus beijos, nos seus toques, na sua pele macia que eu sentia enquanto fazíamos amor, e na sua proposta de retomarmos os planos do casamento.

Passei o dia inteiro pensando nela, em perdoá-la, em seguir em frente e esquecer o passado, em terminar com a Ayara, mas nada era como antes, quando ela me abandonava e eu ficava sozinho, correndo atrás dela até ela voltar para mim. Agora eu tinha a Ayara, que me amava tanto, e eu me sentia um canalha por estar enganando-a e a mim mesmo.

Quem eu estava tentando enganar? Eu amava a Paola, eu ainda sonhava em construir uma família com ela, mas como isso seria possível com tanta instabilidade? Eu tinha que admitir que tinha perdido um pouco da admiração que sentia por Paola. Ela era uma mulher linda, determinada, cheia de qualidades, mas inconstante. Eu nunca sabia quando ela queria ficar ou ir embora. E no meio disso tudo eu sempre acabava ferido, pois como dizem: o lado mais fraco cede primeiro, e eu era o lado mais fraco da relação. Eu estava cansado disso, talvez eu realmente devesse continuar lutando para esquecê-la e construir um relacionamento sólido com a Ayara.

Após um banho gelado e prolongado, que pouco aliviou o caos na minha mente, vesti a roupa que separei para sair: uma bermuda jeans creme, que combinava com a camisa polo azul e o tênis. Ajustei o relógio de pulso no braço e espirrei um pouco de perfume no pescoço, tentando disfarçar o nervosismo. Peguei a chave do meu carro e a carteira com os meus documentos, já me encaminhando para a porta, quando minha irmã invadiu o quarto, sem bater, como sempre fazia.

— Oi, irmãozinho — ela disse animada.

Ela usava um vestido azul de alças grossas, que terminava nos joelhos em babados delicados. Um cinto preto marcava a sua cintura e um cordão longo adornava o seu busto. Nos pés, saltos altos que lhe davam elegância. Fazia alguns dias que não nos falávamos, pois ela estava viajando para finalizar o seu divórcio, que lhe garantiria uma pensão gorda.

— Oi, Sabrina — falei, caminhando até ela e dando-lhe um beijo. — Não sabia que você já tinha voltado de viagem.

— Cheguei hoje de manhã — ela respondeu.

— E aí, conseguiu arrancar toda a grana que podia do pai do Júnior? — brinquei, com um sorriso irônico.

Júnior era o meu sobrinho de vinte e poucos anos, que morava na Europa com o pai, um magnata da música pop.

— Ah, Sebastian, não seja cruel — ela disse, fingindo uma cara de tristeza. — Na verdade, nós fizemos um acordo que nos favorece — completou, abrindo um sorriso radiante. — Vai sair? — ela me perguntou, me examinando de cima a baixo.

Entre Segredos e Paixões 2 - Laços do CoraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora