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A segunda-feira parecia mais entediante do que o costume. A tarde estava chegando e eu estava sentado na sala de reuniões da FAST, junto do meu pai, que avaliava o plano de negócios que Sabrina e eu fizemos, com um olhar crítico e exigente. Mas eu só queria que aquela pequena reunião acabasse logo, porque não tinha cabeça para o trabalho. A minha situação com a Ayara estava indo de mal a pior. No dia anterior, tentei falar com ela por mensagens e ligações, mas ela não me atendia e eu estava começando a ficar angustiado com aquela distância. Eu queria procurá-la para conversarmos pessoalmente, mas com os meus pais no Brasil, a minha vida estava se tornando impossível, pois papai queria estar por dentro de tudo o que estava acontecendo na empresa, e eu precisava estar por perto. Como consequência, estava ficando sem tempo para nada.

Enquanto papai e eu trabalhávamos duro, minha mãe e Sabrina andavam juntas pela cidade fazendo compras. Elas eram bem unidas, e isso de alguma forma me ajudava, porque enquanto mamãe estivesse ocupada dando atenção a Sabrina, ela tirava o foco de mim. Já que estava sempre querendo saber sobre minhas conquistas amorosas, e dando opiniões a respeito do meu estilo de vida. Ela queria que eu me casasse logo para lhe dar mais netos, pois o filho de Sabrina já estava crescendo. Ela sonhava em ver crianças brincando pela casa, enquanto ela as mimava.

Meu pai permanecia com a cabeça baixa, olhando o último relatório do mês. Vez ou outra, ele sublinhava com caneta vermelha o que não gostava. Devo admitir que papai era um excelente economista e administrador. Com ele por perto, eu me sentia mais seguro em tomar decisões com base nos seus conselhos. Ele era o meu mentor e o meu maior exemplo. Mas ele também era muito rígido, e não tolerava erros. Ele esperava que eu fosse tão competente e dedicado quanto ele, e que eu seguisse os seus passos.

— Estou gostando dos números. As vendas tiveram aumentos significativos nos últimos meses, mas ainda estamos longe de sair dessa crise — papai comentou com a cabeça baixa, analisando os gráficos e tabelas que mostravam o desempenho da nossa empresa.

Eu olhei para o meu pai. O cabelo grisalho combinava com seus olhos verdes água, e a barba branca recém-aparada combinava com o terno preto e gravata vermelha que ele usava. Ele tinha um ar de autoridade e elegância, que impunha respeito e admiração. Ele era o fundador e o presidente da FAST, e tinha construído um império com o seu trabalho duro e sua visão de futuro.

— Se continuarmos assim, não vamos precisar vender as nossas ações — eu comentei, tentando ser otimista. — Na última reunião, deixei uma proposta que poderia nos ajudar, mas ainda não tive uma resposta dos sócios.

— Sebastian, o Derek é o maior interessado e mesmo que eu não goste muito da ética profissional daquele menino, acho interessante deixarmos ele participar do quadro de sócios da empresa. Não se esqueça de que o pai dele foi um grande amigo meu e... — meu pai começou a dizer, mas eu o interrompi.

— Eu quero aquele desgraçado longe daqui! — eu esbravejei irritado, batendo na mesa com força. Já bastava aquele infeliz estar atrás da Ayara. Eu não ia deixá-lo se apoderar da empresa da minha família. Eu sabia que ele tinha segundas intenções, e que queria nos prejudicar. Eu o odiava, e não confiava nele.

Entre Segredos e Paixões 2 - Laços do CoraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora