47

148 13 0
                                    


Ayara repousava tranquilamente, com a cabeça aninhada em meu peito

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Ayara repousava tranquilamente, com a cabeça aninhada em meu peito. Meus dedos deslizavam suavemente pelas curvas de suas costas, em um gesto de carinho que parecia tão natural quanto respirar. O quarto estava mergulhado em um silêncio confortável, quebrado apenas pelo som suave da música ecoando da Alexa: "She Will Be Loved", Maroon 5.

Nesse momento íntimo, pensei sobre o passo que havíamos dado. Ayara agora era minha mulher. Não havia arrependimentos, nem desejo de voltar atrás; mesmo se houvesse, eu não faria, pois estava decidido, mais do que nunca, a nutrir e fortalecer o laço que nos unia. Ela me concedeu seu perdão e uma oportunidade de recomeço, e eu estava determinado a retribuir, fazê-la feliz, protegê-la e amá-la por todos os dias, com cada batida do meu coração.

— Você está bem? Está sentindo alguma dor? — perguntei, rompendo o silêncio que se estendia entre nós. A preocupação era evidente em minha voz. Mesmo tendo sido o mais cuidadoso possível, sabia que o conforto dela era minha prioridade.

— Estou bem, Sebastian — ela respondeu, seus olhos encontrando os meus, uma mão gentil acariciando minha barba. — Só estou pensando... E se eu engravidar? Não estou tomando precauções e você não usou proteção. Miguel não ficaria nada feliz.

Soltei uma risada leve, tentando aliviar a tensão, e beijei sua testa antes de ela se aconchegar novamente em meu peito.

— Sabe, eu ficaria muito feliz se você engravidasse. Já pensou? Um garotinho com a sua cor de pele...

— E seus olhos — ela acrescentou, um brilho sonhador em seu olhar.

— E seus cabelos — completei, e nós dois rimos juntos. — Ou uma menina com seus olhos, minha cor de pele e seu cabelo — sugeri.

— Você está me fazendo sonhar de novo, Sebastian — ela disse, com uma ponta de alegria e ternura na voz.

Dei-lhe outro beijo demorado no topo da cabeça, sorrindo amplamente.

— É para sonhar mesmo, porque eu quero que você seja minha esposa.

Ela ergueu a cabeça rapidamente, seus olhos arregalados de surpresa.

— Você está falando sério?

Acariciei seu rosto com ternura.

— Muito sério, meu amor. Quando Miguel voltar da lua de mel, vou falar com ele e pedir sua mão. Você aceita?

Ela exibiu um sorriso repleto de otimismo e alegria, e seus olhos se iluminaram com um brilho especial.

— É tudo o que eu mais quero, Sebastian — ela disse, rindo e se atirando sobre mim em um abraço apertado.

— Então se prepare, porque em breve você será a Senhora Miller.

— E onde vamos morar? — ela perguntou, curiosa.

— Não sei, você pode escolher qualquer lugar que eu compro, mesmo que eu me sinta pobre perto de você — brinquei, e ela riu.

— Você sabe que isso não importa para mim. E mesmo que você tenha comprado essa cobertura para a Paola, não me importo de começar nossa vida aqui. Eu gosto daqui; é bem decorado, acolhedor e tem uma vista incrível do mar.

Beijei sua testa mais uma vez.

— É por isso que eu te amo, sabia? Você é tão compreensiva — disse, admirando-a.

— O conforto de nós dois é o que importa. E quanto ao dinheiro, bem, isso nunca foi um obstáculo. Mas, olha, eu faço questão de que a cerimônia seja em uma ilha particular que herdei. Era o refúgio do meu pai e se tornou o meu também. Lembro-me das férias de verão; eu ficava até o sol se pôr, colecionando conchinhas na areia, sempre imaginando que seria ali, naquele cenário, com o som das ondas, que eu diria 'sim'.

Deslizei as mãos pelos seus cabelos longos, sentindo sua textura e maciez.

— Se é isso que você quer, então é o que faremos. Eu também amo o mar e não consigo pensar em um lugar mais perfeito — respondi, já visualizando a cena em minha mente. Ayara, deslumbrante de branco, com uma delicada coroa de flores adornando seus cabelos, segurando um buquê de flores brancas, caminhando pela areia em minha direção, com o horizonte marítimo ao fundo.

— Obrigada, amor — Ayara se aconchegou contra mim novamente, seu corpo encontrando conforto enquanto ela soltava um suspiro prolongado e calmo.

Sentir a presença de alguém que dividia os mesmos sonhos e aspirações era um consolo. No entanto, havia uma dúvida persistente que me inquietava. Apesar de saber que talvez não fosse o momento ideal, eu precisava esclarecer se aquele abutre do Derek ainda a perseguia. Não desejava que nada interferisse em nosso caminho desta vez.

— Você ainda tem se encontrado com o Derek? — indaguei, esforçando-me para ocultar o ciúme em minha voz.

Ela ergueu a cabeça de meu peito e encontrou meu olhar com um sorriso malicioso.

— Está preocupado?

— Ayara, estou falando sério. Não quero aquele sujeito rondando você.

Ela se mexeu desconfortavelmente na cama enquanto passava as mãos pelo cabelo.

— Sebastian, fique tranquilo. O Derek é apenas um amigo — ela respondeu.

— Ah, então vocês se tornaram 'amiguinhos' agora — rebati, impregnado de sarcasmo.

— Sim.

Ela gargalhou diante do meu ciúme evidente.

— Parece que você realmente não compreende o que se passa na mente de um homem como ele, não é?

— Não, eu realmente não sei e nem pretendo descobrir — falei com serenidade, depositando beijos leves em seus lábios. Com uma voz doce e afetuosa, ela me acalmou. — Amor, fique tranquilo. Não há nada entre Derek e eu. Ele enviou algumas mensagens após o incidente no bar, mas eu deixei claro que não poderíamos continuar nos vendo, e ele pareceu aceitar.

— Está bem — concordei, cedendo ao beijo.

— Eu vou tomar um banho, tudo bem? — ela se levantou delicadamente do meu peito. — Parece que eu fiz uma pequena bagunça na sua roupa de cama — disse, com um tom de voz que denotava um leve constrangimento.

Olhei para onde ela indicava e notei uma mancha avermelhada no centro dos lençóis brancos.

— Não se preocupe com isso, eu cuido. Vá relaxar no banho — disse, apontando para o armário que ficava na entrada do banheiro, onde ela encontraria tudo o que precisava. — Tem toalhas limpas, roupões e sabonetes lá. E, se quiser, pode pegar no closet uma das minhas camisas para dormir. Elas são bem confortáveis.

— Obrigada, meu amor — Ayara respondeu, levantando-se da cama com uma graça natural. Sua silhueta era delineada e definida, e seu corpo violão pareceu ganhar mais destaque pela luz suave das velas que iluminavam o quarto enquanto ela caminhava em direção ao banheiro.

Logo após, o som da água caindo ecoou pelo espaço, marcando o início de seu banho. Levantei-me, recolhendo os lençóis manchados, e enquanto os dobrava, refletia sobre a responsabilidade que agora compartilhávamos. Era um novo capítulo, e eu estava pronto para cada linha que escreveríamos juntos.

Entre Segredos e Paixões 2 - Laços do CoraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora