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— Foi uma noite mágica, não foi, pai? — disse eu, apertando o braço do meu pai com carinho enquanto deixávamos o teatro, nossos passos ecoando no tapete vermelho que se estendia até a saída.

— Sim, foi espetacular — ele respondeu, seu olhar perdido por um momento na multidão que se dispersava. — É uma pena que sua mãe não tenha vindo conosco.

Senti uma pontada de tristeza em suas palavras e apertei seu braço um pouco mais forte, buscando confortá-lo. Ele respondeu com um gesto terno, acariciando minha mão com um sorriso suave.

O musical de JEZZ no Teatro Nacional foi um evento que meu pai aguardava com expectativa a algumas semanas, e quando ele ganhou os ingressos, não hesitou em me convidar. A música clássica sempre foi uma paixão dele, e eu sabia que compartilhar essa experiência seria um momento especial entre nós. Apesar da insistência da minha amiga para que eu fosse ao jantar em sua casa, onde ela encontraria a ex-noiva do Sebastian, eu sabia que minha presença ao lado do meu pai era mais importante naquela noite.

Eu estava vestida para a ocasião, com um elegante vestido vermelho que flutuava ao redor dos meus tornozelos, seus babados dançando a cada passo. Meu pai, sempre impecável, trajava calças de linho cinza que complementavam sua camisa branca e um blazer preto, que lhe conferia uma aura de distinção.

— Realmente — concordei, enquanto descíamos os degraus do teatro, seu braço ainda oferecendo suporte. — Mas você sabe como ela é com lugares cheios de gente.

— Ah, sua mãe tem seus próprios gostos, querida — ele disse com um suspiro resignado, ajudando-me a descer os últimos degraus antes de nos dirigirmos ao carro.

Ele abriu a porta do passageiro com gentileza, e eu deslizei para dentro do veículo, agradecendo-lhe com um sorriso. Logo ele se acomodou ao volante e o motor roncou suavemente.

— A noite ainda é uma criança, querida. Que tal irmos comer algo? — ele perguntou, lançando-me um olhar cúmplice pelo retrovisor.

— Adoraria — respondi, animada. — Mas, por favor, nada desses lugares sofisticados que a mamãe adora. Estou com vontade de algo mais... autêntico.

Ele riu, um som caloroso que preencheu o carro.

— Sabe, eu estava pensando exatamente a mesma coisa. Que tal um hambúrguer suculento de um food truck, ou quem sabe um cachorro-quente bem caprichado?

— Oh, cachorro-quente com certeza! — exclamei, já antecipando o sabor. — Nada como um bom cachorro-quente de rua para terminar a noite.

— Mas a sua mãe não pode saber, hein... — ele disse picando com um olho, pedindo segredo, pois minha mãe detesta que comêssemos comida de rua.

Fingi passar um zíper na boca e ele assentiu, um sorriso afetuoso iluminando seu rosto enquanto dirigíamos pela cidade, a noite apenas começando para nós dois.

Entre Segredos e Paixões 2 - Laços do CoraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora