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Eu já estava me sentindo melhor. Depois do café da manhã, recebi a visita do médico do hotel e ele me examinou, não encontrando nada demais, apenas me orientou a não exagerar na bebida. Então decidimos nos aprontar para irmos embora.

Tomei um banho revigorante e vesti uma das peças de roupa que o Derek nos mandou. Era um vestido de alcinhas, com um tecido leve e estampado com flores coloridas. Combinava com uma sandália de dedo, simples e confortável. Era um look perfeito para o clima lá fora. O dia estava nublado, sem graça e muito abafado. Estávamos começando a enfrentar as chuvas de verão, que traziam umidade e calor.

Depois do banho, me vesti e deixei os cabelos molhados secarem ao vento. Caminhei até a varanda do quarto e me acomodei em um pequeno sofá, enquanto esperava pela minha amiga que também se arrumava para partirmos. Aproveitei para admirar a vista do hotel, que era deslumbrante. A área de lazer tinha uma piscina enorme com cascata e trampolim, espreguiçadeiras com guarda-sol e uma varanda espaçosa. Enquanto eu observava, meus pensamentos se voltaram para o Sebastian.

Mesmo estando com o coração afundando no peito, eu sentia como se fosse morrer se o perdesse. Eu já havia me apaixonado outras vezes, por garotos da minha idade no período da adolescência, mas o que eu sentia pelo Sebastian transcendia qualquer amor que eu pudesse sentir antes. Quando eu estava com ele, sentia como se estivesse completa; era como se o mundo ganhasse mais corres; como se ar tivesse cheiro de baunilha e chocolate. Era tão gostoso sentir aquilo e agora, as coisas pareciam meio fora do lugar. Eu sabia que Paola me representa perigo, mas eu confiava que o Sebastian não ia me deixar por ela assim tão fácil, e foi bem pior que imaginei.

Eu ouvi a voz da minha amiga cantando embaixo do chuveiro.

"Você me aqueceu no calor dos seus braços
Colou meu coração pedaço por pedaço
E mesmo contra o mundo acreditou em mim
Eu nunca tive alguém que me amasse assim"

Eu me lembrei do Derek, que era bonito, atencioso e agiu como um anjo para me ajudar. Eu não sabia se podia confiar nele, mas sabia que tinha de agradecê-lo de alguma forma pelo que ele fez por mim.

Me levantei do sofá e caminhei de volta ao quarto, procurando papel e caneta. Encontrei um bloquinho com caneta próximo ao telefone do quarto, o peguei e me sentei à mesa. Queria deixar um bilhete para ele na recepção do hotel, mas não sabia o que escrever.

Eu olhei para o bloquinho em branco e suspirei. Eu não sabia como expressar os meus sentimentos em palavras. Tinha medo de assustá-lo ou de parecer ridícula.

Tentei começar as primeiras linhas.

Obrigada por ter me ajudado a...

— Não, muito sem graça. Parece que ele só me fez um favor qualquer, e não que ele salvou a minha vida.

Rabisquei e comecei de novo.

Derek, eu agradeço por ter me ajudado a resolver aquele problema...

Entre Segredos e Paixões 2 - Laços do CoraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora