Ayara Arantes, vive seu tão desejado sonho de relacionamento perfeito. A vida parece vibrante e repleta de cores e alegria. No entanto há segredos estão sendo mantidos nas sombras, girando silenciosamente em seu entorno. Quando esses segredos finalm...
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Acordei com uma dor de cabeça terrível, como se um caminhão tivesse me atropelado, e então as lembranças da noite anterior me invadiram; da festa, da minha briga com o Sebastian e das palavras cruéis que ele me disse. Ao me recordar de cada detalhe daquela noite, senti como se meu coração estivesse sangrando, partido, esmagado, rasgado, reduzido a pó. A primeira coisa que eu notei foi que não estava no meu quarto. Olhei em volta e vi um lugar desconhecido, luxuoso e estranho. Tinha apenas uma vaga lembrança de entrar no carro do Derek e depois disso, um vazio na minha mente. Me sentei na cama, assustada. O que teria acontecido? Onde eu estava? O que o Derek tinha feito comigo?
— Ei! Não se levante — eu olhei para o lado e vi minha amiga sentada na outra ponta da cama, usando um roupão branco e pantufas, ela parecia relaxada comendo um cacho de uvas verdes, com as pernas cruzadas assistindo um programa no telão do quarto.
Senti um enorme alívio ao vê-la.
— Onde nós estamos, Bárbara? — perguntei, deitando a cabeça no travesseiro, minha cabeça doía e meu estômago revirava.
Minha amiga se aproximou de mim e se deitou ao meu lado, passando as mãos pelos meus cabelos.
— Aquele cara, o Derek, nos trouxe para um hotel ontem. Eu achei melhor do que levá-la para casa naquele estado em que você estava. — Ela colocou a mão na minha testa. — Graças a Deus a febre passou.
— Eu tive febre? — perguntei, confusa, sem me lembrar de nada.
— Sim — ela disse, me examinando. — Você teve febre logo depois que passou mal no carro, mas quando chegamos aqui o Derek chamou o médico do hotel para ver você, e como você estava meio bêbada, não podíamos dar nenhum remédio, pois não ia fazer efeito, mas ele receitou uma medicação para quando você acordasse e disse que voltaria para examiná-la antes de irmos embora. Eu fiquei muito preocupada, porque você passou a noite toda delirando de febre e chamando pelo Sebastian.
— Eu não me lembro de nada disso, só das coisas horríveis que aconteceram na festa. E daquele canalha!
— O que aconteceu, Ayara? Por que você ficou tão mal assim?
Eu comecei a sentir meus olhos se encherem de lágrimas novamente e aquela sensação de dor profunda me consumir.
— Ele me magoou muito. E eu não quero nem lembrar do que ele me disse — eu falei, soluçando.
Minha amiga jogou os braços para cima de mim e me abraçou forte.
— Não chora, amiga, eu estou aqui com você, tá bom? Tenta esquecer isso. Agora me conta, como foi que você conheceu esse tal de Derek? Ele é tão gato!
— Eu já tinha conversado com ele algumas vezes na FAST, ele até me convidou para um passeio de iate, e na época o Sebastian ficou uma fera quando nos viu juntos — expliquei.
