32 - Itália

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Faltava uma hora para pisarmos na Itália

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Faltava uma hora para pisarmos na Itália. Meu joelho descia e subia, enquanto meu pé batia no chão. A mão quente de Sofia estava em cima da minha, enquanto sua cabeça ainda estava em meu ombro. Eu não consegui pregar o olho. Estar em Milão novamente, irá me trazer flashbacks e noites de sono vão ser jogadas fora.

Fechei os meus olhos e os abri lentamente. Segurei a mão de Sofia, pedindo aos céus para que esse momento não acabasse. O cheiro do seu perfume me acalmava às vezes e enquanto o jatinho me deixava ainda mais nervoso, eu fazia o pequeno ritual que eu sempre fiz.

Eu fechava os meus olhos, respirava fundo e contava até dez, enquanto soltava devagar. Assim como ela me ensinava.

— faça isso quando você estiver nervoso. Sempre funciona, Amore mio

Seu lindo sorriso veio na minha cabeça, assim como o seu cheiro também. A sensação de ouvir a sua voz só na minha cabeça, me fez murmurar. O sentimento de que nunca mais estaria com ela, de que nunca mais a veria e nunca mais ouviria a sua voz, quebrou o meu coração em mil pedaços.

— assassino!

A angústia voltou. A sensação que eu queria esquecer tinha voltado. Eu sempre tentava esquecer essa sensação, fumando. Bebendo e pegando qualquer mulher. Milão era o lugar que eu mais odiava e eu teria motivos para isso.

— Há quanto tempo estamos viajando? - a voz baixa de Sofia chamou a minha atenção.

Olhei para a garota que coçou os olhos. Ela bocejou e então se recostou na cadeira confortável.

— chegamos em poucas horas. - liguei o tablet na mesa, mostrando a Sofia, a animação do pequeno jatinho se aproximando do país. — uma hora. – deixei o aparelho na mesa, dando pouco caso.

— estou enjoada. – ela passou a mão na barriga, murmurando.
— eu acho que eu vou vomitar. – sua mão subiu até a sua boca, o que fez ela me olhar em pânico.

Me levantei rápido e segurei seu pulso com força, levando a garota até o banheiro. Abri a porta e a puxei para dentro. Sofia, apavorada subiu a tampa da privada e se ajoelhou no chão, vomitando toda a comida que havia comido.

— você está bem? – segurei o seu cabelo em um rabo de cavalo.

— Isso é bem pra você? – ela me lançou um olhar ameaçador e voltou ao seu trabalho.

— Ninguém mandou você sair às escondidas. – apertei o aperto em seus cabelos, o que fez a garota mandar o dedo do meio em resposta. — e ainda beijou o Tyler. – revirei os olhos.

— ciúmes, amor? - Sofia riu, mas choramingou logo depois.

Umedeci os meus lábios, ouvindo a palavra amor, sair da sua boca. Eu poderia imaginar mil cenas onde ela poderia sussurrar e gritar essa palavra, sem ter nenhuma ironia no meio.

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