59 - O passado dói

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Ele me machucou, mas pareceu amor verdadeiro. Jim me ensinou…que amá-lo nunca seria o suficiente com sua ultra violência. Ultra violência, ultra violência, ultra violência.

— Ultraviolence
Lana Del Rey.

Saí do banheiro depois de um banho gelado livrando meus cabelos de toda a fumaça de cigarro, o cheiro da bebida que caiu em mim e o suor de mais algumas voltas no racha em que eu perdi

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Saí do banheiro depois de um banho gelado livrando meus cabelos de toda a fumaça de cigarro, o cheiro da bebida que caiu em mim e o suor de mais algumas voltas no racha em que eu perdi. Depois que decidiram que iríamos beber para comemorar a derrota de Matteo na primeira corrida.

O quarto estava vazio, consultando o relógio na parede, vi ser 3am, o que me fez pensar se desceria até o quarto de Jackson ao mesmo tempo com medo de acordá-lo se ele estivesse dormindo. Não o vi mais desde a hora em que chegamos da rua juntos. Ele parecia estar tão quieto.

Não demorou muito para eu abandonar o quarto e descer com o elevador até o primeiro andar, onde acelerei os meus passos, batendo algumas vezes na porta de Jackson, apertando minha mãos com medo de incomodá-lo. Sem demora a porta foi aberta, me dando a visão de Jackson com os cabelos bagunçados, cara de sono e sem blusa, enquanto tinha os óculos de grau no rosto.

— Me desculpa. – suspirei, estralando os meus dedos. — Você me chamou para assistir Harry Potter com você e…

— Sof, olha. – Jackson respirou fundo, abandonando sua porta. — Eu…– seus olhos encontraram os meus. — ...eu…quer saber?! Só entra logo!

O homem deu de ombros, me dando passagem para entrar, me tirando uma risada sincera, me deixando aliviada ao mesmo tempo. Vi ele dar uma última olhada no lado de fora e então se virar para mim devagar, coçando a nuca, como se estivesse cansado de algo. Vi um corte no canto da sua boca brilhando por conta do sangue.

— Me desculpa, eu não deveria ter aberto a minha boca. – engoli em seco, recebendo seu rosto confuso. — Atlas me disse que vocês conversaram. Você deve ter ficado bravo por eu contar da garota pra ele. – fitei o homem se recostar no seu armário, enquanto eu sentia minha garganta coçar.

— Sofia, eu acho melhor acabar. Essa amizade não vai dar certo, tá legal?

— Eu ganhei na corrida. – falei firme, ignorando o seu quase pedido. — Hoje é o meu aniversário, já passou da meia-noite.

— É, eu sei quando você faz aniversário. – seus olhos ficaram no chão e eu me aproximei aos poucos.

— Primeiro foi o Jacob, ele virou um amigo pra mim, sabia? – deitei minha cabeça em seu braço, não dando altura em seu ombro. — Eu sou uma idiota traumatizada, chorona, que tem apenas três amigos em comum.

— Quatro contando com o seu irmão. – ele riu, cruzando os braços.

— Você realmente quer se afastar de mim? – senti o nó na minha garganta se formar. — Olha, se eu fiz algo, me desculpa. Eu posso voltar e consertar, eu…

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