— De fato. – o homem respondeu virando-se para mim. — Belo corpo, tenho que dizer. – ele riu nasalado. — Seu vestido irá cair bem, não se preocupe.
— Realmente. – a mulher suspirou, deixando suas mãos delicadas em seus bolsos traseiros. — Onde pretende casar?
Eu olhei para Atlas. Não tínhamos pensado nisso, bom pelo menos eu não. Mas ele também parece que não pensou, pois olhou nos meus olhos, parecendo procurar alguma coisa.
— Catedral de Milão. – respondi, desviando meu olhar.
— Não sabia que eram católicos. – a francesa nos olhou, parecendo surpresa. — Não parece, sabe.
— Não somos. – Atlas respondeu.
Uma angústia dançou em meu peito. A sensação esquisita me fez passar a mão no peito disfarçadamente e fazer uma careta, fitando o chão.
— Bom, espero que seja um belo casamento. – Henri suspirou, ajoelhando-se.
Eu também pedia isso. Mas pedia no pensamento de que tudo isso acabasse o mais rápido possível. Eu não queria me casar, não agora.
Depois de algumas horas de falação, medidas, sapatos, vestidos, ideias de tudo. Saímos daquela sala que já estava ficando sufocante permanecer ali. Eu fui para cozinha, depois que Atlas acompanhou os dois franceses e a sua equipe até a porta principal.
Na intenção de achar algo para comer, eu abri a geladeira. Passei os meus olhos pela prateleira e avistei o bolo que Maria havia levado até a sala em que estávamos, horas atrás.
Rapidamente me sentei na mesa e peguei meu celular no meu bolso na intenção de que meu tédio passasse. Aproximei minha mão dos talheres lavados em cima da mesa e peguei a faca, cortando um pedaço do bolo.
— Eles já foram. – ouvi Atlas dizer.
Olhei na direção de sua voz vendo o moreno entrar na cozinha.
— Agora ela pode ir em paz com aqueles pensamentos indecentes dela. – revirei os olhos, ouvindo sua risada.
Umas das coisas que odiei naquela mulher com todo o meu coração. Além de me mostrar peças que não combinavam nada comigo, fez piadas sobre a "coisa" que Atlas carrega entre as pernas do tipo: eu já provei, e você?
— Não gostei dela. – admiti, mordendo um pedaço do meu bolo.
— Ciúmes, amore mio? – seu sorriso de lado me fez olhá-lo de cima a baixo.
— Não Atlas, nunca. – neguei com a cabeça, ouvindo-o rir.
— Tá bom, Sofia. – ele cruzou os braços, suspirando.
— Mudando de assunto. – limpei a garganta. — Posso te perguntar uma coisa? – perguntei, vendo-o concordar com a cabeça. — Você tem alguma religião?
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Darkside
RomanceSofia Martínez, é como um anjo, que deixa qualquer um apaixonado. Não só pela sua beleza, mas pelo jeito que a garota tem de tratar as pessoas à sua volta. O sorriso que tem em seus lábios, mesmo que debaixo da sua máscara encantadora, Sofia carrega...