45 - Mentiras ou verdades?

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Estávamos caídos no chão com os corpos completamente suados. O céu estava escuro, chuto que eram 7 da noite ou algo assim. Nossos corações batiam desesperadamente, nossas respirações desreguladas e nossos corpos não aguentando nem se quer um tapa mais.

— Eu venci! - Jacob levantou o seu braço, completamente cansado. — Eu...eu venci!

— Não! - neguei, me sentando na grama. — Vamos mais um round!

— Oh, merda! - Jack bufou, recostado na árvore. — Já deu. Você perdeu, Atlas. - andou até nós. — Vocês não podiam gastar energia agora. - ele estendeu sua mão para JJ, ajudando-o a se levantar. — Temos uma missão amanhã, vocês não sabem perder um pro outro, não?! - meu irmão do meio bufou, completamente irritado.

Jack pegou o braço de Jacob passando em volta do seu pescoço, enquanto segurava sua cintura, impedindo que o irmão caísse. Eles se distanciaram e quanto mais eles ficavam longe, eu conseguia ver a mulher da minha vida vindo até onde eu estava, com os braços cruzados e rosto sério.

Quando estava prestes a me levantar, uma dor forte dominou meu abdômen, o que me fez resmungar de dor, recebendo toda a atenção de Sofia que correu até mim. Seus cabelos castanhos estavam presos, que agora por conta da noite, estavam escuros. Seu perfume invadiu minhas narinas, ficando cada vez mais forte, quanto mais ela chegava perto.

— Vem aqui ajudar o amor da sua vida. - fiz drama, estendendo minha mão para a morena que bufou.

— Por que você fez isso? - ela pegou minha mão, passando em volta do seu pescoço, deixando seu braço envolta da minha cintura. — Por acaso você é louco?

Eu não respondi, apenas ri vendo seu rosto emburrado. Quem diria que Sofia Martinez estaria me ajudando. Se eu não tivesse abaixado sua guarda hoje mais cedo, aposto que ela não me ajudaria. Ela deixaria ali no chão morrendo de dor.

Sofia me ajudou a chegar até a porta de vidro. Tentei ao máximo não deixar todo o meu peso e sim apenas me manter equilibrado até o segundo andar. Entramos juntos na casa, ouvindo as risadas altas do pessoal que se encontrava em algum cômodo ali perto.

— Mio Dio, Filho! - Francesca me olhou com as mãos na boca, parecendo preocupada. — De novo? - ela suspirou, agora aparecendo aliviada.

— Eles quase se mataram, Francesca. - Sofia respondeu indignada.

— Achei que você estaria menos quebrado. - a senhora negou com a cabeça. - Deixou o Jacob ganhar, figlio. - a mulher me olhou de cima a baixo, parecendo desapontada.

A senhora deu-me as costas e continuou o seu caminho, passando um pano branco na forma de bolo que segurava. Eu resmungava mais e mais, apenas para chamar a sua atenção.

— Como vamos subir a escada? - perguntou, quando paramos em frente a escada.

— Vem...comigo. - pausei, tentando passar preocupação para a garota. — Vem. - me soltei do seu corpo, segurando firme sua mão.

Com cuidado me aproximei para baixo da escada. Que dava para os enormes cômodos, que Sofia ainda não havia explorado. Vi a garota passar por mim, olhando tudo em volta parecendo curiosa com um sorriso de ponta a ponta.

— Cacete, essa casa não tem fim? - ela me olhou com brilhos nos olhos.

— Sofia, eu estou quebrado! - levei a mão até o meu abdômen, esperando que a garota viesse até mim.

Se eu tivesse que fingir estar mal, apenas para receber sua atenção. Eu faria sem nenhum arrependimento.

A garota revirou os olhos vindo até mim. Passou o meu braço em volta do seu pescoço novamente, me guiando até o elevador que não ficava tão longe assim. Passamos pela porta que tanto ignorava desde que pisei aqui. O escritório de Giuseppe.

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