52 - Pânico total!

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Não falamos mais nada, apenas descemos juntos, no meio da floresta. Eu fiquei ao lado de Jackson, olhando em volta enquanto os dois homens andavam despreocupados, até mesmo cantarolando música em assobios baixos. Quando eu estava prestes a dizer alguma coisa, para que não ficasse a enorme tensão no ar, paramos vendo a rua de areia com caminhões e homens logo à frente.

— Cacete. – sorri animada, ouvindo suas risadas.

— Mina de ouro! – Jacob disse, batendo na mão de Jack, comemorando a descoberta.

Jack pegou seu celular no seu bolso da frente e tirou algumas fotos, logo depois entrando em alguma coisa no celular, mostrando o nosso caminhão parado, possivelmente sendo descarregado. JJ pegou o seu rádio, quando um dos nossos homens tentou fazer contato com a gente, o rádio chiando.

— Chefia, achamos a mina. – um dos caras disse.

— Não ataque agora, eu preciso chegar perto do caminhão. – Jack falou, interrompendo o irmão. — Quando eu der o sinal.

JJ guardou o rádio e eles sem ao menos esperar, começaram a correr me deixando para trás. Eu soltei um palavrão baixo, vendo os dois irmãos se divertindo, apostando entre si quem chegava mais rápido no local. Morte corria em sincronia dos dois mas não latia, ele quase nunca latia. Apenas quando queria.

Vi os dois homens pararem de correr e quando cheguei perto deles, pude respirar com calma puxando o máximo de ar possível, minha garganta ficando seca por que estava sem água. Os dois homens e o cachorro saíram da floresta sem ao menos olhar para trás, era como se eu fosse inviável nessa hora.

— Tem como vocês me esperarem? – empurrei os dois juntos, resmungando baixo.

— Fala baixo, Sofia. – Jacob me repreendeu, mandando eu ficar quieta em um gesto rápido.

Revirei os olhos atravessando a rua com os dois. Nós nos escondemos atrás de alguns barris encontrados ali. Um hospital enorme e as luzes totalmente apagadas, se encontravam ali naquela rua, sem nenhum carro à frente, apenas o nosso caminhão ali perto, mas Jack nos proibiu de ir até ele, porque poderia ser uma emboscada. Tudo estava tão estranho, a floresta em total silêncio. As ruas vazias e um hospital enorme totalmente apagado.

— Vamos nos separar. – Jacob disse, segurando firmemente na corrente do cão.

— O que? – eu segurei o seu ombro, sem entender a sua ideia.

— Relaxa, o hospital está abandonado. – ele me tranquilizou. — Eu tô com esse carinha, aqui. – ele fez um carinho no cachorro. — Não vai acontecer nada, ele me ajuda. Melhor do que ouvir vocês cantarolando Harry Potter. – sorriu.

— Me avisa no rádio, qualquer coisa. – seu irmão bateu no seu braço e na mesma horas ele concordou. — Os Vecchi não sentem medo.

Os dois fizeram um aperto de mão íntimo e se despediram com um sorriso. Jacob se levantou, pegou o seu cigarro e o acendeu, logo depois começando a correr com Morte para o lado do caminhão, dando uma volta no hospital. Eu olhei para Jack, que estendeu sua mão para que eu pudesse pegá-la. Ele segurou firmemente, não soltando e me puxou, para que pudesse seguir seus passos.

Era um hospital antigo, portas de madeiras e uma cruz logo acima simbolizando que eles acreditavam em Deus. Jack segurou na maçaneta e abriu com cuidado; a porta rangendo. Ele ligou a sua lanterna, iluminando as cadeiras, recepção e uma porta de vidro moderna. "Entre" era o que estava escrito em uma placa velha, que pudesse conduzir os pacientes para onde eles irem. Jackson tentou abrir, mas foi falho. Ele tirou do seu bolso seu canivete, tentando destrancar a porta, mas tinha sido falho, nada funcionava.

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