48 - Baile de máscaras

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Ivy e Alice se distanciaram de mim enquanto eu bebia minha água perto de Jackson que bebia seu quarto copo de uísque, por que segundo ele, Atlas estava demorando demais e ele precisava se distrair.

— Onde está o seu marido, Sofia? – ele resmungou, ligando para Atlas pela quinta vez seguida.

— Eu não sei, Jackson. – suspirei, olhando para a entrada da sala.

Olhei em volta da sala não achando Matteo. Jacob sentado na poltrona com a cabeça baixa. Sua mulher se sentando em seu colo com uma taça de champanhe, enquanto conversava com Ivy que se sentou no sofá, antes, dando uma olhada na sala, acredito eu que a procura do meu irmão.

Ivy cruzou as pernas de um jeito elegante. As mãos do homem passaram pela cintura da mulher, abraçando-a e beijando seu pescoço. Eu desviei meu olhar do casal, quando Jacob levantou os olhos para mim. Talvez procurando quem olhava seu momento.

— Atlas, atende cacete. A gente tem um baile. – Jackson resmungou ao meu lado, batendo na tela do seu celular com a palma de sua mão.

— Já volto. – me distanciei do homem, saindo da sala em passos rápidos.

Eu iria atrás do meu irmão, me desculpar por deixá-lo na cozinha confuso pelo meu estado. Jacob poderia ser feliz com sua mulher, eu não o amava, na verdade também não amo Atlas, ele apenas me deixa com uma sensação esquisita. Muito esquisita.

Entrei na sala de jantar vendo a porta de vidro aberta que dava para a varanda. Me aproximei devagar e quando entrei na varanda, vi Matteo de costa para mim encostado no parapeito de madeira, fumando seu cigarro.

Tive um pequeno déjà vu, lembrando de Jackson quando me falou tantas coisas naquele dia. Meus saltos batendo no chão enquanto eu me aproximava do meu irmão, chamou sua atenção. Ele se virou para mim e quando me viu, sorriu.

— Está frio. – ele disse baixinho, apagando seu cigarro no parapeito.

— Escolhi passar frio com você. – ri nasalado, ficando ao seu lado.

O céu estava nublado, mais cedo havia chovido. O quintal estava iluminado por lanternas dos vários homens, parecendo que estávamos em algum show com os flashes dos celulares ligados. O vento frio passou, arrepiando todo o meu corpo e Matteo na mesma hora passou seu braço em volta do meu ombro, o que me fez deitar minha cabeça em seu braço.

— Me desculpa. – sussurrei envergonhada. — Não queria te deixar assustado ou confuso.

— Quer contar o que aconteceu? – sussurrou de volta, sua mão entrelaçando com a minha.

— Atlas não contou? – eu olhava fixamente para os homens, incapaz de olhar em seus olhos.

— Quero ouvir da sua boca. – Matteo beijou minha cabeça, me aquecendo de alguma forma.

— Tive um pesadelo com o papai. – admiti, suspirando pesado. — Ele me pegou. Você me abraçou tão apertado, me senti sufocada. Não queria ter chorado.

— Você me deixou puto pra cacete. Eu quase rasguei a garganta do Atlas. – ele riu, me deixando em choque.

— O que? – olhei rapidamente para Matteo, vendo seu sorriso de orelha a orelha.

— Como assim você, minha maninha. – ele me deu ênfase na palavra, me fazendo revirar os olhos. — Quase rasgou a garganta dele? – Matteo me olhou surpreso, me tirando uma risada alta.

Matteo me olhava com os mesmos olhos de sempre, agora com admiração e amor. Nossas risadas cessaram aos poucos, contendo apenas o som do vento. Ele afastou uma das mechas do meu rosto, deixando um beijo em minha bochecha.

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