53 - Somos reis!

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— Você viu como eu acabei com ele? – sorri animada, acertando socos no ar. — Jacob, eu acabei com ele!

— Não, eu não vi. – ele riu nasalado, batucando os dedo no cigarro.

— Você deveria ter visto! – eu disse animada, olhando para a estrada. — Eu me senti muito foda!

Ele riu, deixando o cigarro cair, fechando a janela do carro. — Parabéns. – seus olhos encontraram os meus por breves segundos. — Eu posso te dizer uma coisa? – perguntou, batucando o volante algumas vezes. — Você precisa tomar cuidado. Eu não quero ser estraga prazeres, mas você acabou de começar a treinar, Sof.

— Você acha que eu não consigo, é isso? – meu sorriso foi sumindo aos poucos.

— Você já pensou o que seria de você, se Morte não estivesse lá? – ele me olhou novamente, dessa vez parecendo ser por horas, o que me deixou sem palavras. — Viu? – sua atenção voltou para a estrada. — Eu fico feliz por você. Você tá demonstrando que realmente se importa e quer tentar, mas ainda é tudo novo pra você.

— Você tem razão. – suspirei. — Onde eu estava com a cabeça?

— Não só eu, como Jack e até mesmo os outros, somos gratos a você, Sof. Você voltou pro baile  como se não estivesse acontecendo nada demais e salvou o meu irmão mais novo. – seus olhos foram para o retrovisor e logo depois voltaram para estrada. — Me desculpa por me aproximar de você e te deixar confusa. – engoliu em seco. — Eu precisava esquecer a Ivy de qualquer jeito, me aproximei de você. Te beijei, te levei naquela boate e eu só queria esquecê-la.

— Tudo bem. – dei de ombros. —  E era o mínimo que eu tinha que fazer, o que eu fiz no baile. – mordi minha bochecha, lembrando daquele dia. — Vocês me tiraram da casa do meu pai. – me virei para ele, vendo-o sorrir, não tirando os olhos da estrada. — Obrigada.

— Não agradeça a mim, agradeça a ele por ser obcecado por você desde criança.

Eu amassei mais um papel, fazendo uma bolinha e jogando na lixeira do meu escritório com todo o ódio do mundo, ela se juntando com as pilhas de bolinhas amassadas na lixeira

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Eu amassei mais um papel, fazendo uma bolinha e jogando na lixeira do meu escritório com todo o ódio do mundo, ela se juntando com as pilhas de bolinhas amassadas na lixeira. Se eu não achasse algo para me distrair, eu iria matar qualquer um que eu visse na minha frente, principalmente, Jacob Fiori.

Me levantei da minha cadeira, abandonando a minha sala, apagando a luz. Andei até o elevador, clicando algumas vezes no botão. Sofia havia chegado a uma hora mais ou menos. Ela estava dando um banho no meu cachorro e subiu, mas não falou comigo, ela nem sequer havia me visto quando chegou, porque tive que ficar trancado no meu escritório pra não arrancar a cabeça do meu irmão.

— O carro parou. – um dos meus caras falou no rádio. Eu arqueei uma sobrancelha confusa com tal ato.

— Parou?

— Ela e o Chefe Jacob, saíram do carro. – ele disse rápido, parecendo observar a situação.

— O que eles estão fazendo? – bebia mais um gole do meu uísque, ignorando a receita médica de Jack.

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