46 - Traumas!

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Eu abri os meus olhos lentamente me remexendo na cama grande de casal

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Eu abri os meus olhos lentamente me remexendo na cama grande de casal. Passei meus olhos pelo quarto e me deparei com o quarto da minha casa em que vivi por 17 anos.

Aos poucos eu me sentei na cama coçando os olhos. Devagar, meus pés descalços tocaram no chão frio do meu quarto. Eu caminhei até a porta e a abri lentamente, saindo logo em seguida. O corredor vazio, escuro e silencioso causou arrepios em todo o meu corpo.

Fechei a porta atrás de mim e andei no corredor tateando o nada, para ter a certeza que nada nem ninguém estava à minha frente. Quando estava prestes a dar mais um passo, os cristais do lustre se chocaram um com o outro em uma forma suave, chamando minha atenção.

- Filha...- alguém sussurrou no escuro.

Na mesma hora eu me virei procurando a pessoa que me chamava. Eu pensei em chamar por alguém, mas não conseguia. Minha boca não saia absolutamente nada.

- Sofia. - a voz sussurrou em algum lugar do corredor. - Filha. - o choro baixo acompanhado da voz suave, me causou arrepios. - É a mamãe. - ela riu baixinho, parecendo feliz por saber que eu estava ali. - Eu estou tão feliz...voc-você está aqui.

- Mãe? - finalmente algo saiu da minha boca, me trazendo um sentimento de alívio. - Mãe! - as lágrimas afogaram os meus olhos. - Mãe! - chamei a mulher alto, na esperança que ela aparecesse.

- Não chore, pequena monstrinha. - a mulher sussurrou. - E não grite. - sua voz agora séria me deixou confusa. - Você pode me dizer o que você quer brincar, o que acha?

Uma mulher com o mesmo vestido que minha mãe usava naquela noite do baile, apareceu em pé na minha frente, poucos metros de distância de mim. Seu sorriso era largo e com vida, como se ela estivesse feliz. Seus olhos com lágrimas, gotas escorrendo pelas suas bochechas e seus braços com cortes e sangue.

- Sofia...- ela sussurrou parecendo feliz em me ver, o que me deixou ainda mais confusa.

- Você não é a minha mãe. - me aproximei devagar da mulher em pé na porta do meu quarto. - Você morreu! Ele me disse. - meu queixo tremeu. - Por que você me trata assim? - eu perguntei querendo sua resposta.

- Eu te trato como todas as mães tratam os filhos, pequena. - a mulher com os cabelos soltos, estendeu a sua mão.

- Não! - neguei rapidamente com a cabeça. - Você me tratava bem, mãe. Eu me lembro. - toquei em sua mão, sentindo sua pele fria como gelo. - Você brincava comigo....depois me tratava de uma forma fria.

As lágrimas rolaram mais e mais, e sua mão apertou a minha com força como se precisasse sentir se eu era real. Mas eu que precisava senti-la. Ve-lá se era real mesmo ou um sonho estranho.

A porta principal bateu com força rangendo alto o que me assustou. A mulher olhou para os lados com medo e totalmente nervosa, como se precisasse sair logo dali.

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