Aleksandra Uzelac

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A brisa do final de tarde soprava suave pelas ruas movimentadas de Copacabana enquanto Aleksandra caminhava apressada em direção ao seu prédio. Com os fones de ouvido e a mochila pesada do treino nas costas, ela estava perdida em seus pensamentos, até que uma estranha sensação a fez virar rapidamente.

Assaltante: Passa tudo, rápido! - ordenou uma voz rouca e ameaçadora.

O coração de Aleksandra acelerou instantaneamente quando viu um homem alto, vestido de maneira desleixada, segurando uma faca. Em um instante de puro instinto, ela entregou a mochila sem hesitar, sentindo uma mistura de medo e frustração. Era a segunda vez em menos de dez dias que ela se via vítima de um assalto e estava começando a duvidar de sua decisão de morar ali.

Enquanto o assaltante fugia com seus pertences, Aleksandra estava prestes a desmoronar quando uma voz firme e autoritária a chamou. Ela virou-se para ver uma mulher de sua estatura e atlética. A farda da Polícia Militar do Rio de Janeiro a denunciava...Aleksandra observou com admiração misturada com gratidão enquanto a sargento se aproximava rapidamente.

Sargento: Está tudo bem?

Aleksandra assentiu, ainda um pouco atordoada.

Aleksandra: Moça, acabaram de me assaltar... de novo.

Sargento: Para onde ele foi?

Ela olhou para o caminho que o assaltante havia tomado e então para a sargento.

Sargento: Você consegue me descrever o que ele estava vestindo?

Enquanto Aleksandra fornecia as informações, sentiu uma coisa boa vindo da policial desconhecida. Era reconfortante saber que ainda havia pessoas dispostas a intervir e lutar contra a crescente violência na cidade.

Sargento: Você não deveria ficar sozinha aqui - disse após transmitir as informações pelo rádio.

Aleksandra suspirou, sentindo-se derrotada.

Aleksandra: Esta é a segunda vez em tão pouco tempo. Virou algo quase rotineiro. Estou começando a pensar que talvez seja hora de ir embora do Rio.

A sargento estudou Aleksandra por um momento antes de falar, sua expressão séria.

Sargento: Eu entendo como você se sente. Mas não deixe que os criminosos mudem sua vida assim. Qualquer coisa, chame pela Sargento Holanda - disse com certo humor afim de aliviar a tensão

Suas palavras ecoaram na mente de Aleksandra enquanto observava a policial se afastar, determinada a capturar o assaltante. Ela não sabia o nome daquela mulher que acabara de entrar em sua vida de maneira tão decisiva, mas sabia que algo tinha mudado naquele momento. Talvez, com a ajuda da sargento da PM, ela encontrasse uma razão para permanecer no Rio e enfrentar os desafios que vinham com ele.

No dia seguinte, ao chegar no treino, estava um tanto abalada.

Claire: está tudo bem, Aleksandra?

Aleksandra: Fui novamente assaltada. Da pra acreditar?

Claire: Não é possível!

Aleksandra: Parece até coisa mandada. Mas, uma policial me ajudou. Ela era bem atenciosa

Claire: Espero que consigam pegar o sujeito. Agora... vamos que Bóra, hoje é dia de decisivo

Eram quartas de final... o Fluminense ia jogar contra o Minas

Letícia: Bora, bora, boraaaa

Eis que durante o aquecimento, Aleksandra de longe avista a mulher que no dia anterior a ajudou

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