Capitulo II

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S/n: Vamos assistir alguma coisa?

Sawamura: Eu tô jogando.

S/n: Desde a hora que acordou.

Sawamura: Tá, tá. Vai escolhendo aí que eu já vou, ok?

Então S/n escolheu um filme e começou a assistir sozinha até que adormeceu. Sawamura lembrou do filme depois que os créditos já estavam subindo e a namorada dormindo. Ele suspirou e pediu desculpas em um sussurro

Sawamura: Tá bom, gatinha, vamos pro quarto.

Ele a pegou no colo e colocou na cama com todo cuidado. A beijou na testa e foi tomar banho

Então, S/n tava dormindo tranquila, mas o celular começou a vibrar sem parar com um monte de notificações. Ela acordou meio atordoada. Foi pegar o celular, achando que era o dela, só que quando olhou direito, viu que era o do Sawamura.

Curiosa, ela acabou vendo as mensagens de um tal de Kohei, que tava confirmando o horário de algum "rolê" e o local também. O rapaz ainda insistia pra Sawamura ir, porque tinha uma surpresa pra ele. Isso mexeu com S/n de um jeito que ela não esperava, mas ela ficou quieta, não disse nada. Desligou o celular e colocou de volta no lugar quando ouviu o chuveiro desligando.

Ela então fingiu que tava dormindo de novo. Quando Sawamura saiu do banheiro, pegou o celular, respondeu as mensagens e começou a se arrumar.

Assim que ele saiu, o celular da S/n vibrou e era uma mensagem dele, dizendo que a mãe dele precisou de ajuda, então ele saiu pra ir lá.

Mesmo com aquela mensagem, S/n não conseguia tirar da cabeça o que tinha visto. A ideia de que ele estava escondendo algo dela começou a incomodá-la mais do que queria admitir. Ela ficou deitada por alguns minutos, olhando pro teto, tentando entender o que significava aquela surpresa que Kohei mencionou.

Ela pegou o próprio celular e leu a mensagem de novo, como se esperasse encontrar alguma pista nas palavras dele.

[Rei ❤️ - 23:37] Minha mãe precisou de mim, já volto.

Era simples, direta, mas depois das mensagens no outro celular, parecia incompleta.

S/n se levantou devagar, o quarto ainda estava meio escuro, e o silêncio fazia parecer que tudo aquilo tinha sido um sonho ruim. Mas não foi. A prova estava ali, nas mensagens que ela viu. Mesmo assim, ela não queria confrontá-lo ainda, talvez esperando que ele contasse a verdade por conta própria.

A festa estava animada, música alta, gente rindo, conversando, Kohei se aproximou com aquele típico sorriso despreocupado, dando um tapa no ombro dele.

Kohei: Olha quem eu trouxe! — Ele apontou para uma garota que Sawamura reconheceu de outras festas. Ela sempre demonstrou interesse por ele, mas ele nunca deu abertura.

Sawamura franziu o cenho, já sabendo aonde aquilo ia dar.

Sawamura: Kohei, eu não vou ficar com ela. Já falei que não faço isso.

Kohei riu, como se achasse graça da seriedade de Sawamura.

Kohei: Por que? Tá perdendo tempo, mano. S/n nem vai saber, e olha a situação de vocês... Você mesmo disse que tá uma merda.

Sawamura fechou a cara, irritado.

Sawamura: Não importa como as coisas estejam, eu não faria isso com ela.

Ele deu um passo pra trás, mas antes que pudesse falar mais alguma coisa, a garota avançou, rápida. Antes que ele pudesse reagir, ela o beijou.

O choque o fez demorar um segundo a mais pra recuar, e quando finalmente conseguiu empurrá-la gentilmente para longe, viu que tinha um espectador: Ishikawa. Ele estava do outro lado do salão, e o olhar dele era mortal, como se estivesse fuzilando Sawamura com os olhos.

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