Imagines Vôlei

Yuki Ishikawa (3)

— Vamo, vamo! Falta pouco! - gritava Ishikawa da arquibancada - ISSOOOOOO. É matchpoint amor, MATCHPOINT. SEGURA, SEGURA...VITORIAAAAAAA

Yuki sempre entrava em ecstasy vendo s/n jogar. Era uma libero temida entre os outros times. Era famosa por sua dedicação em buscar as bolas distantes e por sua delicadeza enquanto joga.

— Você é incrível demais, amor! - a beijou

— Cara, ainda bem que a gente não joga contra você - comentou Miyaura coçando a nuca

— Mas vocês tem o Yamamoto e o Tomohiro. Eles são incríveis

— Ah, obrigado S/n

— Apenas verdades, Hiro - sorriu

— Semana que vem vocês vão jogar contra o Salesian, né?!

— Vamos

— Eu não perco isso por nada - disse Miyaura esfregando as mãos

— Vai ser simplesmente as duas melhores líberos do país uma contra a outra - disse Yamamoto em ecstasy

— A gente tá enaltecendo ela e esquecendo do nosso né?! - perguntou Onodera levando as mãos à cintura

— Rapaz é mesmo né?! - Yamauchi fez o mesmo

— Tenho certeza que vocês vão arrasar. - sorriu e fez joinha

— O quer você quer comer? Deve estar revirada na fome

— E muita! Quero churrasco, amor.

— Então vamos comer churrasco, minha princesa!

Miyaura fez menção de ânsia

YUKI POV

Oi! Bão? Eu não vou me apresentar porque você já me conhece, mas eu vou contar sobre minha vida amorosa. Pois bem...Eu sou agraciado e abençoado. Por quê? Pff. É óbvio! Eu namoro com a s/n. A mulher é deusa demais, rapá. Além de ser uma referência entre as líberos do Japão.
Eu faço parte do time da escola também, até tenho um destaque, mas não tanto quanto ela. Acho que ela nem imagina o quanto eu sinto orgulho dela e o quanto eu torço por ela. Ah, ela é incrível...
Enfim... vão acompanhando aí. Espero que vocês curtam. Qualquer coisa é só reclamar com a autora hahaha

                              S/N POV

Desde a morte do meu irmão, eu me aproximo cada dia mais do Ishikawa. Nos aproximamos tanto que no fim, estamos em um relacionamento. Sim! Eu e o Yuki estamos namorando há pouco mais de 1 ano. Ele era bem próximo do Fujii, acho que é correto dizer que eram melhores amigos. Nós apenas conversávamos socialmente, mas depois que o Fujii foi diagnosticado, ele quem mais nos deu suporte e... quando meu irmão se foi, o Yu estava lá e desde então não saiu do meu lado. Ele não me deixava sozinha. Dormia no sofá de casa, estava sempre atento quando eu tinha crises de choro. Ele deu muito suporte pra mim e eu sou extremamente grata a ele por isso. O Fujii tinha um amigo incrível e eu tenho um namorado incrível. Ele está sempre me apoiando, me incentivando, puxando minha orelha quando necessário, me mimando e me amando como jamais fui capaz de imaginar. As coisas aconteceram de forma tão serena e natural. Ele sempre me respeitou e eu amo muito isso. Ele sabe quando estou afim de ficar sozinha, quando eu preciso de um abraço, com estou nervosa. Ouso dizer que ele me conhece tanto quanto eu o conheço. Mas temos tempo, aos poucos eu vou aprendendo, não é?!

                           YUKI POV

Quando o Naonobu recebeu o diagnóstico, eu estava lá. Não foi algo fácil de ouvir, eu parecia mais desesperado que ele. Nós estudávamos juntos desde a primeira série do fundamental e pretendíamos seguir juntos para a Chuo University, mas acabou que o papai do céu queria tê-lo consigo, então o levou. Foi uma tremenda perda, não apenas para nós, mas também para o voleibol. Fujii era gigante, o melhor do nosso time e recebeu inúmeras homenagens.

Eu não podia desanimar, eu precisava me manter firme para cuidar da irmã mais nova dele, a S/n. Eles eram extremamente próximos. Não havia nada que não soubessem um do outro e ele a protegia tanto quanto um leão protege seu filhote. Era uma relação linda de ver. E ela ficou mal a ponto de não ter força de sair da cama. Conversei com os pais deles e me permitiram frequentar mais a casa para apoiá-los e cuidar da pequena Naonobu conforme ele havia me pedido.

Foi um processo que requereu muita calma, paciência. Aos pouquinhos fomos indo e hoje cá estamos. Ela é a pessoa que eu mais amo no mundo depois da minha mãe e da Mayu. Eu faria absolutamente tudo por elas, pois são minha vida. Meu maior tesouro.

As coisas com ela aconteceram de forma tão leve, tão linda...

À medida que olho para trás e reflito sobre como tudo começou, ainda me surpreendo com a leveza e naturalidade com que nosso romance floresceu. No início, eu me via apenas como o amigo leal, o apoio confiável para a tão querida irmã do meu falecido irmão, porque era assim que nos víamos. Mas conforme os dias passavam e o luto nos unia ainda mais, comecei a perceber sutis mudanças em nossa relação. Era como se cada momento compartilhado, cada lágrima derramada, cada risada nervosa fosse tecendo um laço invisível entre nós. Eu hesitava em explorar qualquer coisa além da amizade, por respeito ao Fujii e ao vínculo que compartilhávamos. No entanto, quanto mais eu tentava resistir, mais forte esse sentimento crescia dentro de mim. Foi então que percebi que o apoio mútuo que nos dávamos durante aquele período sombrio não era apenas uma expressão de amizade, mas algo mais profundo, mais significativo. E quando finalmente reconheci esses sentimentos, fui tomado por uma mistura de surpresa e gratidão. Surpresa pela forma como o amor se infiltrou suavemente em nossas vidas, e gratidão por ter encontrado esse amor inesperado na irmãzinha do meu melhor amigo. Não havia grandes declarações ou gestos extravagantes, apenas um reconhecimento silencioso de que nossa conexão havia evoluído para algo mais. E agora, vejo como cada momento, por mais trivial que pudesse parecer na época, contribuiu para o tecido desse novo capítulo em nossas vidas. Um capítulo que começou de forma leve e natural, como se fosse o próximo passo óbvio em nossa jornada juntos.

Nós estávamos felizes juntos, mas, infelizmente, algumas vezes o universo conspira contra nós e o para sempre, uma vez tão próximo, agora parece uma estrela distante, escapando lentamente entre nossos dedos, tornando-se apenas uma miragem no deserto árido do tempo.