Yamauchi Akihiro

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YAMAUCHI POV

Mais um ano, mais um semestre começando. O último antes da faculdade. Parece que o tempo voou. Ainda lembro do primeiro dia no ensino médio, todo perdido, e agora aqui estou eu, com uma pancada de coisa pra resolver, tipo as classificatórias pras universidades. Ah, e claro, mais um ano do nacional! Tô meio ansioso, confesso. Esse ano vai ser pesado.

Hoje eu fiz algo que chocou todo mundo: acordei cedo. Meus pais até estranharam. Eu, que sou praticamente um urso em hibernação, já estava de pé antes deles. Deve ser o nervosismo com tudo que tá pra acontecer. Levantar cedo pra mim é um sacrifício, mas parece que a responsabilidade bateu.

Cheguei na escola e encontrei a galera. Já tava tudo no esquema de sempre, todo mundo rindo, falando besteira. A gente tava indo pra sala quando... é claro, esbarrei na s/n. Porque, né?! Parece que o universo adora esse tipo de coisa.

S/n: Olha por onde anda, idiota.

Yamauchi: Tenho dificuldade em enxergar as pequenas e insignificantes coisas.

Ela me fuzila com o olhar, mas eu só dou aquele sorrisinho provocador. A gente se odeia, não tem jeito. A surpresa veio quando, minutos depois, ela entrou na mesma sala que eu. Sério, o universo tá de brincadeira. Agora, além de aturar ela nos corredores, vou ter que vê-la nas aulas. Perfeito.

A aula rolou tranquila, sem muitas novidades. Na real, tava até entediante demais. Na hora do almoço, me juntei com os caras, como sempre. Aí, claro, começaram a zoar.

Onodera: Sekita contou que a Inukai tá na sua sala.

Miyaura: Seria o destino?

Yamauchi: Destino? Mais parece uma maldição. Não me faça perder o apetite, cara.

Os caras riram, mas eu só conseguia pensar no quanto vai ser um saco ter que lidar com a s/n todo santo dia. Mas, enfim, vida que segue. Aí, no meio das zoeiras, o Nishida lembra da real.

Nishida: O técnico falou pra estarmos na quadra às 14h. Sem falta e sem atrasos.

Yamauchi: Já me lasquei antes de começar. Ainda tenho aula com o Yoshida. E vocês sabem... o homem fala mais pelos cotovelos.

O professor Yoshida é um gênio, sério. Eu curto o cara, mas ele consegue transformar qualquer aula numa maratona de paciência. Hoje ele começou a falar sobre derivadas, e parece que o tempo simplesmente parou. Tipo, eu gosto de matemática, mas o Yoshida... ele vai longe demais. Eu tava lá, fingindo prestar atenção, mas minha cabeça tava na quadra, nos amistosos, nas classificatórias.

Quando finalmente o sinal tocou, eu saí da sala praticamente correndo. Cheguei na quadra quase no limite do horário, mas deu tempo. O técnico já tava lá, com aquele olhar sério de sempre.

Técnico: Pessoal, vamos direto ao ponto. Temos amistosos contra os colégios da província, é nossa chance de aquecer. Depois disso, começa a primeira fase do campeonato pra valer. Fase a fase, até a final. E eu confio em cada um de vocês. Vocês estão prontos, e eu sei disso. Vamos mostrar o que a gente sabe fazer.

Deu aquele friozinho na barriga, mas ao mesmo tempo uma vontade louca de jogar. O nacional é o nosso objetivo, e o técnico tá contando com a gente. Agora é deixar tudo em quadra e não vacilar.

S/N POV

O último ano do ensino médio. Só mais esse e finalmente vou pra faculdade. Tô ansiosa pra tudo o que vem por aí, estou pronta para o que der e vier. E eu espero de verdade que sejam apenas coisas boas.

Cheguei na escola, já com aquela sensação estranha de que todo mundo tá no mesmo barco, estressado com o que vai rolar esse ano. Tava indo em direção à sala, quando, claro, dou de cara com o Yamauchi. Parece que esbarrar nele faz parte da minha rotina.

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