Imagines Vôlei

Capitulo II

S/n e Lucas estavam se preparando para ir ao sítio da avó de Lucas para a tão esperada festa de São João. Era quase uma tradição para eles. Todo ano, uma grande fogueira era acesa, iluminando a noite e podendo ser vista de longe. Havia comidas típicas aos montes, e a noite era preenchida com risos, danças e cantorias, estendendo-se até o amanhecer.

O casal de amigos sempre fazia questão de ir um dia antes para aproveitar a tranquilidade do sítio antes da agitação da festa. S/n, como de costume, preparava uma mala a mais, sabendo que Lucas acabaria esquecendo algo – ele sempre esquecia. Era uma espécie de ritual entre eles, uma troca de cuidados que revelava o quanto se conheciam e se completavam, mesmo que sem perceber.

Lucas: Vó, chegamos!

Vovó: Óia que maravilha. Venham, venham!

S/n: Oi vó.

Vovó: Oi meu amor. Olha só pra você, cada dia mais linda.

Lucas: Viu ela semana passada vó

Vovó: Por isso que eu tô falando.

Enquanto entravam com as malas, a vovó, com um sorriso caloroso no rosto, avisou que a neta de uma amiga sua, que também iria participar da festa, já havia chegado. A moça ficaria no quarto que S/n costumava usar durante as estadias no sítio.

Vovó: Viu, vocês dois vão ter que dividir um quarto desta vez.

S/n: Ah, não, vovó! Não faz isso comigo.

Ela se aproximou agarrando o braço da velhinha, deitando sua cabeça no ombro dela, fazendo drama

S/n: Eu não vou conseguir dormir com o ronco do Brutus, vovó. Me deixe dormir com a senhora.

Lucas: Quem vê fazendo esse drama todo nem imagina que é você que ronca, né?! Palhaça

Para eles, aquilo não era nenhum problema. Dividir o quarto era algo que já faziam com certa frequência, tanto em viagens quanto em momentos de improviso. Era como se a amizade deles tornasse qualquer situação confortável, independente das circunstâncias.

Riram juntos e continuaram a se instalar, organizando as malas no quarto que dividiriam. O espaço era pequeno, mas aconchegante, com uma cama de casal no centro e uma janela que dava vista para os campos abertos. Enquanto Lucas guardava suas roupas no armário, S/n já havia tomado posse de uma das gavetas e colocado suas coisas no banheiro.

Lucas: Pronto! Agora só aproveitar. - dosse colocando a última camiseta no armário.

S/n: Vamos dar uma volta pelo sítio. Faz tempo que não passeamos por aqui.

Lucas: Excelente ideia, princesa. Bora lá!

Passou correndo por ela, pegando em sua mão e a puxando para fora.

Vovó: Ei, nada de correr em casa! Ora, parecem crianças.

E assim, com o sítio já começando a ganhar vida ao redor deles, eles estavam prontos para mais um São João, cheio de risos, música e, claro, as pequenas tradições que só os dois compreendiam.

Enquanto caminhavam pelo pomar, S/n avistou uma mangueira carregada. Seus olhos brilharam, mas logo percebeu que as mangas estavam fora de seu alcance.

S/n: Luquinhaaaas - piscou os olhinhos fazendo charme

Lucas riu e pegou uma das mangas com facilidade.

Lucas: Parece que alguém aqui precisa crescer mais um pouco. Amo o fato de você precisar de mim - provocou, entregando a fruta para S/n, que aceitou com uma falsa cara de tédio.