Capitulo III

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Shizume: Não, S/n, entenda amiga, eu só fiz isso porque eu não suportava a ideia de alguém te tirar de mim — forçou lágrimas a saírem

Yamauchi: Não suportava a ideia de alguém tirá-la de você, ou de alguém ser louco por ela?

Essa pergunta pegou até mesmo s/n de surpresa. Ela o olhou completamente surpresa, mas logo voltou seus olhos a Shizume, aguardando a resposta.

Shizume estava em prantos. As lágrimas escorriam pelo seu rosto enquanto ela tentava, entre soluços, encontrar as palavras.

Shizume: Tudo bem...Eu menti... eu menti pra vocês dois! — ela confessou, com a voz trêmula — Eu não podia suportar... Não podia admitir que alguém pudesse preferir a s/n a mim!

Yamauchi olhou para ela, confuso, enquanto Shizume continuava, a voz carregada de ressentimento.

Shizume: Como alguém pode querer uma garota tão desleixada? — Agora seu semblante era sério e sua voz trazia certa raiva — Desengonçada? Ela só liga pra vôlei e pra aqueles malditos estudos! Ela não se importa com mais nada!

Houve um silêncio pesado na sala, até que Yamauchi finalmente quebrou o clima.

Yamauchi: É exatamente isso que a faz ser apaixonante — ele disse, firme, olhando-a diretamente nos olhos. — A simplicidade dela, o amor que ela tem pelo esporte, a dedicação que ela coloca nos estudos. Ela tem um sorriso encantador, e o jeito como olha pra gente... hipnotiza. Qualquer um se apaixonaria por ela.

Shizume arregalou os olhos, incrédula, enquanto as palavras de Yamauchi ecoavam em sua mente. Ela começou a tremer, e então gritou, tomada por uma raiva insana.

Shizume: Isso não é justo!

Sua voz agora era um grito desesperado.

Shizume: Eu não aguento mais! Você, o Takahashi, o Taichi. O que tanto há de especial nessa sonsa? Sinceramente, olha pra mim! Enquanto vocês podem lutar por mim, vocês preferem sofrer por uma doente? Quer saber...eu não vejo a hora de s/n morrer! Quando ela morrer, todo mundo vai parar de focar nela e no drama patético dela, e aí, finalmente, vão voltar a olhar pra mim!

De repente, Yamauchi avançou para cima de Shizume, seus punhos cerrados e os olhos cheios de fúria.

Yamauchi: Como você pode dizer uma coisa dessas?! — ele disse em alto e claro tom, com sua paciência no limite.

Mas antes que ele pudesse alcançá-la, a mãe de s/n se colocou entre eles.

S/m: Saia daqui, Shizume! — disse ela, sua voz firme e cheia de ódio. — Imediatamente.

Só então Shizume se deu conta do que tinha dito. Seus olhos se encheram de desespero, e ela caiu de joelhos, se curvando no chão.

Shizume: Me desculpem... Por favor, me desculpem! S/n... s/n me perdoa, eu falei sem pensar.

Ela implorou, mas sua voz era abafada pelo peso do que tinha acabado de confessar.

S/n, porém, manteve-se fria. Seu rosto não mostrava nenhum traço de emoção.

S/n: Vá embora, Shizume! — disse ela com uma voz serena

Desesperada, Shizume se levantou e tentou correr até s/n, as lágrimas ainda caindo descontroladamente.

Shizume: Não! Por favor, me escuta! Eu não queria...!

Mas antes que pudesse se aproximar, Yamauchi a agarrou pelo braço e a afastou.

Yamauchi: Chega, Shizume. Já fez o suficiente— disse ele, sua voz agora mais baixa, mas ainda cheia de raiva contida.

E sem escolha, ela pegou sua bolsa e saiu.

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