Somente amigos? || Suguru Geto

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Estou na farmácia agora, acho que comer dois pratos de carne e metade de um bolo de chocolate não me fez muito bem, encaro is remédios sem saber oque pegar. Geto anda pelo lugar e Gojo faz o mesmo, ando até os dois e paro ao lado deles, vendo que pararam e encaram uma prateleira.

— Andem logo, preciso de alguma coisa para enjoo — Tento os empurrar, mas nem se mexem — Vai.

— Remédio? — Meu irmão pergunta e concordo — Certeza?

— Óbvio que é remédio, oque mais seria? — Suguru se vira e me entrega a caixinha, me fazendo arregalar os olhos — A não. Não, não, não.

— Porque não?

— Eu nunca na minha vida fiz isso, não vai ser agora que vou fazer — Encaro os dois.

— Bom maninha, você que sabe — Pega a caixinha e coloca junto das outras — Vamos procurar um remédio então.

Seguro no braço de meu noivo e continuamos a andar pela farmácia, parando em mais uma prateleira. Pego um para enjoo e outro para dor na barriga, sorrio e vou até o caixa com minha carteira.

— Oi, boa tarde — Sorrio e a moça me cumprimenta — Sabe me dizer se esses são bons?

— Oque a senhorita esta sentindo exatamente? — Pega os dois remédios.

— Eu to muito enjoada, não consegui comer nada no café da manhã e to sentindo uma dor forte no pé da minha barriga — O olhar da moça vai até minha aliança e ela suspira.

— Bom, pode ser uma virose, ou então alguma coisa que você comeu — Concordo e encaro os dois homens ao meu lado — Mas, também pode ter aver com isso — Coloca a caixinha na bancada.

— Eu disse — Gojo ri alto mas para e me encara — Foi mal, exagerei um pouco.

— Pode passar tudo no cartão — Geto entrega o cartão e a moça passa, entregando a sacolinha — Obrigado. Vem amor.

— Não era para ter comprado — Falo baixa saindo da farmácia junto de Geto e Gojo.

— É melhor fazer logo isso, se não estiver, ponto final, não esta.

— Se não estiver, vocês fazem — Geto da uma cotovelada em meu irmão — Ai, agressivo.

Voltamos para nosso apartamento e vou o caminho inteiro em silêncio, minha cabeça so esta na ideia de estar ou não estar. A porta do elevador se abre e saímos, entrando em nossa casa, meu irmão corre para o sofá e pega seu computador, digitando alguma coisa.

— Ei — Me viro para Geto que me entrega a sacola — Vai lá, qualquer coisa grita.

— Ta — Respondo baixo e ando até o banheiro.

Fiz tudo oque foi pedido no papel e agora estou esperando os cinco minutos mais longos de minha vida, meu celular apita e respiro fundo, virando o resultado para cima. Minhas mãos tremem e respiro fundo, abro a porta e os dois homens me olham, esperando pela resposta.

— Estou grávida — Falo baixo e Gojo grita, correndo até a sala.

— Mesmo? — Concordo e Geto me abraça — Você ta bem?

— Eu não sei — O abraço de volta — Não sei como estou.

— Ta tudo bem, esse sentimento de medo vai passar — Beija minha testa — So quero que saiba que vou sempre estar aqui com você, vou ficar ao seu lado sempre.

— Tabom — Entrego o teste para ele — Ta marcando mais de cinco semanas.

— Relaxa meu amor, vou marcar um médico para você — Concordo — Mas... eu to muito feliz.

— Porque? — Seu rosto é confuso — Eu... vou ficar gorda, e feia, e meu corpo vai ficar horrível e eu vou ser uma péssima mãe — Não seguro as lágrimas — Eu... nunca segurei um bebe em toda a minha vida, como vou cuidar dele ou dela?

— Vamos aprender juntos — Segura meu rosto e limpa as lágrimas — Ei, vamos aprender juntos ta?

— Ai, oque vocês acham dessa roupa de ursinho? — Mostra a foto e choro mais — Eita, oque foi?

— Ela ta com medo — Encosto meu rosto no peito de Geto — Pode mandar mensagem para o melhor médico que conseguir, por favor?

— Mando sim. Ei, Anya — Olho para meu irmão — Relaxa... eu e o Geto estamos aqui, não vamos te abandonar.

— É amor, tenta se acalmar um pouco — Me abraça forte — Amanhã ja vamos ver isso certinho, cuidar de você e do bebê.

De mim e do bebê... cuidar do bebê, de um bebê que é meu. Meu e do Geto... vou ter um filho com ele. Porque estou com tanto medo? Deveria estar feliz. Sou uma pessoa ruim por não estar feliz?

Continua...