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Anya.

Entramos rápido na sala e me sento na maca. Minha cabeça dói e sinto minhas pernas começaram a doer também, quanta dor para uma pessoa só.
Me deito e Geto senta ao meu lado, me observando ser examinada, meus olhos, minha cabeça e por fim minha barriga. Sinto o gel ser passado e a imagem aparecer na enorme tela, encaro tudo e vejo o bebê paradinho, olho para meu noivo e sua atenção também esta na pessoinha.

— Ta tudo bem, doutor? — Pergunta sério.

— A sim, esta tudo ótimo, a filha de vocês é forte e saudável — Arregalo os olhos.

— Filha? — Pergunto baixo e ele concorda — É uma menina?

— É? — Geto se levanta e o encara.

— Sim, é uma garotinha — Da um zoom e mostra — Aqui, da para ver que é mesmo uma menina e...

— Eu vou ser pai de menina — Ele ri alto e deixa um beijo em minha testa — Vamos ter uma garotinha, meu amor.

Apenas concordo e sorrio, não vou deixar que a tristeza do momento acabe com a felicidade dele, queria muito descobrir de uma forma fofa, mas acho mais importante descobrir se ela esta bem, e se esta... então tudo esta bem.

— Acredito que o machucado da cabeça tenha sido so um corte, não irei pedir nenhum exame, vou apenas receitar um remédio — Escreve em um papel e me entrega — Qualquer dorzinha diferente, pode voltar aqui.

— Muito obrigada — Me levanto de vagar.

— Seu irmão esta te esperando la fora — Encaro meu noivo — Esta com o rosto machucado e roxo.

— Sério? — Concorda e saímos da sala.

Realmente, meu irmão está péssimo, o machucado em seu nariz e em sua boca inchou e esta com curativos, também tem um roxo em seu olho esquerdo e em sua mão.
Seu olhar vem até mim e ele se levanta, andando até a gente e me puxando para um abraço.

— Como você ta? E o bebê? — Beija minha testa e me olha.

— Estamos bem — Sorrio — É uma menina.

— É... menina? — Concordo — Parabéns, maninha e boa sorte, Suguru. Eu até gritaria, mas minha boca doi.

— Não precisa gritar, cara — Geto lhe da um soquinho no ombro — Vamos para casa.

Seguro na mão dos dois e saímos do hospital, vamos apenas no carro de Geto, estou cansada e quero apenas descansar um pouco. Amanhã é sábado e iriamos descobrir o sexo do bebê com o bolo de Kaly, mas ja sabemos... então provavelmente terei que cancelar, ou talvez...

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Kaly.

— Olá, boa noite.

— Olá, senhorita Suguru.
— Posso te ajudar?

— Sofremos um acidente hoje de tarde.
— Ja finalizou o bolo?

— VOCÊS OQUE?

— Ja ou não?

— Sim, ja sim.
— Mas vocês estão bem?

— Estamos bem, mas então, amanhã consegue ir em minha casa para entregar?
— Eu te pago e você participa da pequena comemoração.

— Tem certeza?

— Claro, o endereço é ****

— Tudo bem, eu vou.
— Qual horário?

— Pode ser as 16h.

— Tabom, a senhorita esta mesmo bem?

— Estamos sim, foi so um susto, quem mais se machucou foi meu irmão.

— MAIS SE MACHUCOU?

— Sim, mas ele esta bem, esta atormentando Geto aqui.

— Menos mal, quer que eu leve algo a mais? Algum remédio?

— Nada, apenas o bolo, por favor.
— Não precisa se preocupar com nada.

— Tudo bem, até amanhã então.
— Melhoras, e manda um beijo para Gojo.

— Pode deixar, obrigada 😊

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Desligo a tela e respiro fundo, sentindo o enjoo por estar mexendo em meu celular enquanto o carro anda. Olho para os dois homens a frente e Gojo fala sobre o trabalho dele e Geto, sorrio quando o platinado coloca agua na boca.

— Kaly te mandou um beijo — Falo rapido e vejo ele cuspir toda a agua que acabou de beber.

— A mano... o meu carro — Dou risada de meu noivo.

— A Kaly... a... manda outro — Arruma sua postura — Oque faremos em relação ao bolo?

— Você cospiu em todo o meu carro — Geto fala baixo mas Gojo continua me olhando — Branquelo vagabundo.

— Vamos fazer algo la em casa mesmo, compramos uns petiscos, umas bebidas para vocês e comemos o bolo de Kaly — Sorrio — E ela vai ir.

— ELA VAI? — Não aguento segurar a risada — Quer dizer, legal, ela é bonitinha.

— Meu Deus — Meu noivo ri — Gostou dela?

— Eu não gosto de ninguém, so pego — Cruza os braços — Com ela não vai ser diferente, vou beijar e levar para a cama.

— Eu duvido — Seu olhar vem até mim — Kaly so tem dezenove anos, parece ser uma moça certinha, deve ser até virgem.

— Melhor ainda, perder a virgindade comigo deve ser um so...

— Pesadelo — Geto o interrompe — Para de ser babaca e assume que gostou da garota, tomara que leve um fora tambem.

— Tenho que concordar com ele — Passo a mão em minha barriga — Seu titio é um babaca.

— Não fala isso para ela — Se vira mais para tras — Seu tio é o cara mais legal do mundo.

— Cala a boca — Reviro os olhos e olho para a frente, ja chegamos em nosso apartamento, saimos do carro e suspiro — Ainda bem, preciso de um banho e dormir.

— Eu também, machuquei feio meu joelho e minha mão segurando você — Arregalo os olhos.

— Me... segurando?

— Sim, na hora que vi o carro vindo eu freei, mas ele acertou mesmo assim, então minha reação foi apoiar minha mão em sua... — O interrompo com um abraço — Ei, que foi?

— Nada — Seguro o choro — Obrigada.

— Ta manhosa demais, mas eu gosto dos seus abraços aleatorios — Beija o topo de minha cabeça — Vamos, tem que descansar.

— Isso amor, vem — Segura em minha mão e limpa uma lagrima que escorre — Ta tudo bem, esse idiota te ama, por isso fez isso.

— Eu sei — Sorrio e recebo um selinho — Foi fofo.

— Foi mesmo — Olha para a frente — Obrigado.

— É minha irmã e minha sobrinha, tenho que cuidar da minha familia — Anda na frente e encaro suas costas — E EU ACHO QUE GOSTEI DA KALY.

— Idiota — Rimos juntos e o seguimos.

Mais um caos em nossas vidas, mas coisas novas também vão começar a acontecer, eu sinto isso.

Continua...

Somente amigos? || Suguru GetoOnde histórias criam vida. Descubra agora