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Graças a Deus não perdemos o voo, mas agora estamos correndo para passar por entre os fotografos que nos esperam na saida do aeroporto, ja estamos em nossa cidade, mas a quantidade de gente aqui é surpreendente.

Estou com o moletom de Geto, uma calça de moletom e peguei um oculos de sol apenas para esconder minhas olheiras e cara de cansaço. Alguns seguranças tentam segurar as pessoas, mas ainda sim tem uns bem perto da gente, meu irmão esta um pouco atras de mim e Geto a minha frente. Acreditem se quiser, mas nem Gojo esta gostando de tudo isso.

— Anya — Varios flashs — Anya, por favor.

Sinto alguém puxar meu braço, me assusto e tento o puxar de volta, outro flash e pisco algumas vezes, puxo meu braço de volta para mim e tropeço em alguma coisa, caindo para trás.
Respiro fundo e sinto uma dor aguda que vai de minha coluna até a parte de baixo de minha barriga, passo a mão ja região e vejo Gojo se abaixar na minha frente de olhos arregalados, seu rosto se vira e em alguns segundos Geto ja esta ao meu lado.

— Querida? Ei... esta com dor? — Concordo — Merda, merda — Segura em minhas pernas e em minhas costas, me levantando do chão com cuidado — TRAGAM MEU CARRO LOGO AQUI.

— Vai na frente, eu pego as coisas dela e depois vou para la — Escuto meu irmão falar alto. Apenas encosto minha cabeça no ombro de meu noivo e resmungo por causa da dor.

— Ta tudo bem, meu amor — A porta do quarto é aberta e sou colocada atras, geto a fecha e corre para o lado do motorista, ligando rápido e dando partida.

A dor não para, principalmente em minhas costas, estou com medo de ter acontecido algo com o bebê.
Passo minha mão em minha intimidade e vejo Geto virar um pouco o olhar para mim, preocupado. Graças a Deus não tem nada ali, nada de sangue, nada.
O carro para no estacionamento do hospital e saio com cuidado, suas mãos se envolvem em minha cintura, apenas me dando um apoio.

— Oi, eu gostaria de falar com a doutora Saori, por favor, minha mulher esta gravida e ela acabou de sofrer uma queda — Fala rapido e a recepcionista concorda.

— Suguru? — Olho para tras e a doutora me olha de sobrancelha arqueada — Nossa consulta é daqui a tres dias...

— Ela caiu, ta com dor — Seus olhos se arregalam e ela faz sinal para que a seguimos. Sem me avisar meu noivo me pega novamente no colo e anda rápido atras da mulher, entrando em sua sala e me colocando em cima da maca.

— Oque houve? — Coloca suas luvas e ergue meu moletom, ja passando o gel.

— Alguém segurou em meu braço, eu me assustei, puxei de volta e cai — Olho para a tela — Ele ta bem?

— So um minuto — Continua olhando e mostra o pequeno ser que ja não é mais tão pequeno, escuto um botão ser apertado e o som do coraçãozinho ecoar pela sala. Suspiro de alivio e sorrio.

— Graças a Deus — Geto passa a mão no rosto e se levanta — Esta tudo bem, né doutora?

— Ta sim, mas poderia não estar, não é seguro — Encara nos dois — Acho melhor Anya não participar de mais nenhuma viagem.

— Tudo bem, e a dor?

— Vou passar um remédio para ela, e acho melhor passar o resto do dia de cama, descense — Me encara agora — É sério.

— Pode deixar — Sorrio fraco — O bebe ta mesmo bem?

— Ta otimo, é forte — Sorri — Ja da para ver o sexo, as perninhas estão bem abertinhas.

— Ai meu Deus — Geto da pulinhos e se aproxima mais da tela — Não consigo ver nada.

— Sai dai — Falo séria e ele se afasta — Pode escrever em um papel, por favor?

— Claro — Pega uma folha e um envelope, escrevendo e colocando dentro — Prontinho.

— Obrigada — Pego e entrego para Geto — Nada de espiar.

— Pode deixar — Coloca em seu bolso — Esta tudo bem mesmo?

— Esta sim, vou passar as proximas vitaminas que você vai tomar e o remédio para dor — Escreve tudo em um papel e entrega para Geto — Aqui esta, espero que você se cuide e obedeça o repouso.

— Ela vai sim — Meu noivo responde por mim e a medica ri, limpando minha barriga e abaixando a blusa — Vamos, querida?

— Vamos sim — Me levanto de vagar — Obrigada, doutora.

— Por nada, qualquer coisa estarei aqui — Sorri.

Agradecemos novamente a ela e saimos da sala, vamos até o carro em passos lentos e entramos juntos. Saimos do estacionamento e seguimos para casa, o bebe ficou quietinho depois da queda, então fiquei com muito medo de ter acontecido alguma coisa, ainda bem que estamos bem.

— Você vai chegar, tomar um banho quentinho na banheira, vestir seu pijama mais confortável e ir para a cama, caso se canse de ficar la eu te levo para a sala, mas nada de fazer esforços.

— Pode deixar, doutor Suguru — Me encara e dou risada.

— Eu te amo tanto, Anya — Suspira — E amo tanto nosso bebe, acho que não aguentaria se...

— Não pensa nisso — Seguro em sua mão — Estamos bem, vamos ficar bem.

— Eu sei — Sorri fraco — Mas então... oque você acha que é?

Vamos o caminho inteiro conversando sobre qual sexo achamos que vai ser nosso neném, os dois votam para menina, mas sei que Gojo vota para menino, segundo ele vai ser um gatão que vai pegar varias. Meu irmão não presta.

Continua...

Somente amigos? || Suguru GetoOnde histórias criam vida. Descubra agora