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Ando pela loja de roupas com minhas casquinha na mão, como e olho os vestidos, parando na parte de grávidas. Pego alguns e vou para o trocador, me sento e termino de comer, tirando minha jaqueta e levantando, experimento um rosa longo, não gosto muito de coisas coloridas, mas esse... me viro um pouco de lado vendo minha barriga, tem uma ondinha quase que imperceptível, mas esta ali. Sorrio e passo à mão em cima, pego meu celular e tiro uma foto ainda de lado. Na foto parece ainda maior, salvo e guardo o celular, continuando a experimentar os outros.

Gostei de todos, então estou no caixa pagando, passo o cartão de Geto e sorrio para a atendente, pegando minhas sacolas e saindo da loja. Ando um pouco e vejo os dois homens saindo com as mãos cheias, arregalo os olhos e olho para trás, algumas pessoas tiram fotos e reconheço os fotógrafos que vivem os perseguindo.

— Como vocês são discretos em? — Sorrio.

— Oi amor, quer passar em mais algum lugar? — Penso um pouco.

— Quer não... isso aqui ta pesado, vamos pelo menos deixar no carro antes de voltarmos — Gojo fala e vejo que segura mais de dez sacolas em cada mão.

— Não quero passar em mais nenhum lugar não — Me viro e ando um pouco na frente dos dois, indo até o estacionamento.

— Oque comprou ai? — Meu noivo tenta ver e puxo mais minhas sacolas para mim — Que isso em?

— Roupas...

— Roupas de grávida? — Gojo sorri — Deixa eu ver, deixa eu ver.

— Sai daqui, mamaco albino.

— Ei, para de falar essas coisas, meu sobrinho ta na sua barriga — Mostro a língua para ele — Feiosa.

— Amor, abre o porta malas para a gente? — Ando até a parte de trás do carro e abro — Obrigado.

— Eu não quero dirigir dessa vez — Entrego as chaves para Geto — To morrendo de sono.

— Sono? Mas você acordou tarde — Reviro os olhos e entro no carro.

Fecho a porta e encosto minha cabeça no vidro. Normalmente gosto de ir na frente, mas estou tão cansada que não me importo em ir atrás, so quero me sentir confortável e dormir um pouco.

— Ei — Olho para a frente e Geto me estica sua blusa — Apoia na cabeça, meu amor.

— Obrigada — Sorrio e faço isso, fechando meus olhos.

As vozes e a luz do sol me fazem acordar, olho para a frente e não tem ninguém. Olho para a parte de tras e o porta malas esta aberto, saio do carro e caminho até os dois homem que colocam todas as sacolas em dois carrinhos de supermercado que são do prédio.

— Essa semana? Tem mesmo que ser agora? Não pode... Ata, entendo, claro — Geto fala ao telefone e arqueio uma sobrancelha — Satoru? Esta aqui ao meu lado — Passa o telefone para meu irmão.

— Iai parceiro — Se afasta da gente.

— Oi, conseguiu descansar um pouco? — Concordo — Pode subir se quiser, não quero que pegue as sacolas, estão pesadas.

— Ta... quem era no telefone?

— Um dos nossos secretários, temos uma viagem marcada para o mês que vem — Suspira — Uma reunião, em paris.

— Paris? — Concorda — Você e o Gojo? E quem vai ficar comigo?

— Você vai comigo, não vou deixar que fique longe por nem um segundo mais — Beija minha testa — Vai subindo, jaja estamos la.

— Tabom — Sorrio e pego minhas sacolas, indo até o elevador.

Viagem a negócios, deve ser um saco isso. Mas pelo menos é paris, amo paris, nunca fui... mas deve ser uma cidade linda demais. Talvez consiga alguns nomes para o bebê, ou roupas diferentes, meu Deus... oque eu to pensando? Eu normalmente pensaria em maquiagens ou perfumes típicos de lá, mas so consigo pensar em coisas para esse... serzinho que ainda nem nasceu.

A porta do elevador se abre e entro em casa, sinto o cheiro forte do pão que os meninos fizeram de manhã e deixo as sacolas no chão, correndo para o banheiro. Me ajoelho em frente ao vaso e deixo que tudo oque comi hoje saia, a sensação de vomitar é sem dúvidas uma das piores do mundo.
Meu cabelo é segurado e sinto uma mão ser passada calmamente nas minhas costas.

— Pronto? — Gojo pergunta e concordo — Vem ca — Me ajuda a levantar e paro na pia. Pego minha escova e começo a escovar os dentes — Vou falar para o Geto comprar algum remédio para você depois — Continua ao meu lado, seus olhos me analisam por inteira — Ta melhor mesmo?

— To sim — Enxugo minha boca e me viro para ele — Obrigada.

— Sou seu irmão, posso ser chato oque for, mas vou sempre estar aqui — Beija minha testa e me abraça — Eu te amo, Anya. Vai ser sempre a minha garotinha.

— Eu também te amo — Lágrimas se formam em meus olhos — E se eu não for uma mãe boa, Gojo?

— Ei, você vai ser uma mãe incrível — Passa a mão em meu rosto, limpando as lágrimas que caem — Vai ter eu e o idiota do seu marido aqui com você, não vamos te abandonar nunca.

— Mas e se eu falhar? Não conseguir lidar bem com tudo isso — Sua sobrancelha se arqueia em dúvida — Eu tenho medo de não ser mais o suficiente para Geto também, meu corpo vai mudar muito, não vou ser mais igual a antes.

— Escuta — Segura meu rosto, me obrigando a olhar para ele — Geto teria sido pedófilo se eu não intervisse.

— Oque? — Ele suspira.

— Geto é apaixonado por você desde os seus dezesseis anos — Arregalo os olhos — Eu sei, ele é um tarado. Mas ele respeitou e esperou que você fosse de maior, e continua te amando até hoje. Acha mesmo que aquele palhaço vai parar de te amar? Você é linda, é incrível e ter esse bebê so vai te tornar mais incrível ainda, vai continuar uma Satoru gostosa, mesmo esse não sendo mais o seu sobrenome.

— Você é fofo quando quer — Me mostra a língua e me abraça forte — Obrigada.

— Conta comigo para tudo — Beija minha cabeça.

Continua...

Somente amigos? || Suguru GetoOnde histórias criam vida. Descubra agora