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Anya.

Gina nasceu, finalmente. Minha menina saiu a algumas horas e ainda não voltou, Geto e meu irmão tambem e quem me ajudou até agora foi Kaly, minha amiga até ficou no banheiro cuidando para que eu não caisse, assim que liberaram o banho ja fui direto para lá.
O parto foi mais tranquilo do que eu esperava, mas isso se deve ao fato de Gina ja estar encaixada e minha bolsa ter estourado.

— Oi — Olho para a porta e sorrio para meu noivo.

— Oi — Ele entra e mostra o buque enorme de rosas brancas, minha boca nesse momento deve estar em um perfeito "O" — Amor...

— Você gostou? — Me entra e beija minha testa — Parabéns, mamãe.

— Obrigada — Cheiro as flores — São tão lindas.

— Vou deixar vocês sozinhos — Kaly encara o buquê tambem surpresa e sai do quarto.

— E Gina? — Vou um pouco para o lado para que ele se sente.

— Licença — A porta é aberta novamente e vejo o pequeno ser no colo de minha medica — Olha quem voltou dos exames.

— Que linda — Pego a menina — Oi filha... é a mamãe — Gina esta com os olhinhos fechados e parece estar em um sono profundo — Como você é linda — Tiro a touca que a menina usa e encaro os fios escuros, me viro para Geto e seu olhar é de completa admiração.

— É tão pequena — Mexe na mão dela — A gente que fez...

— É — Sorrio — Tão perfeita.

— Papai fez direito — Dou risada e a menina se mexe, abrindo de vagar um dos olhinhos.

— A... são azuis — Geto sorri — Iguais aos seus, meu amor.

— É, mas ela parece com você — Me viro para ele — Pega.

— Ta — Segura a menina e se levanta — Oi Getinha... é seu papai — Ela se mexe — Sabia que tem uma pessoa la fora doidinho para te conhecer?

— Meu irmão poderia entrar? — A doutora concorda e vai até a porta, saindo e deixando que outras duas pessoas entrem.

— Cadê? — Gojo olha para Gina e coloca a mão sobre sua boca — Ai meu Deus.

— Que pequena — Kaly sorri — Parece uma boneca.

— Cabelo preto? — Gojo faz bico — Poxa Gina, poderia ter puxado o lindo do seu tio né?

— Ela puxou o lindo do pai dela — Geto sorri convencido nos fazendo rir.

Os minutos seguintes foram de pura babação em cima da bebezinha, todos observando cada traço dela e comentando sobre com quem ela se parecia mais, e a resposta final foi: Geto.
Mas o nariz é meu, acho que a única coisa também, e os olhos azuis, de resto...
Agora ela esta chorando e meu noivo esta desesperado tentando acalma-la, observo a cena segurando a risada e estico os braços para ele.

— Ela quer comer — Pego a bebe.

— Oxi, ela ja come? — Meu irmão me olha confuso.

— Comer é mamar, ela vai mamar agora — Kaly observa nos duas.

Abaixo a alça de minha camisola e o de meu sutiã, deixando que minha filha se alimente. Olho para a frente e os rostos de todos são muito engraçados, Kaly parece uma tia babona, Geto me olha com lagrimas nos olhos e meu irmão parece confuso.

— Doi? — Pergunta o outro platinado e os outros dois me encaram.

— Um pouco — Passo a mão na cabeça de minha filha — Quando vai fazer o seu? — Olho para Kaly.

— Quando o amor existir para mim — Sorri fraco. Olho para Gojo e seu olhar agora esta sobre a garota.

— O amor existe, você so tem que se abrir — Ela nega.

— Não... hoje em dia o significado de amor para as pessoas é so sexo — Continua observando Gina — Eu quero isso, igual oque vocês tem. Quero me casar, quero ter um bebê, hoje em dia isso é tão raro.

— Mas tem pessoas que podem fazer isso — Meu noivo senta ao meu lado — Pode ter uma familia, Kaly.

— Talvez — Sorri fraco e se levanta — Vou comer alguma coisa, querem algo? — Todos negam e ela sai do quarto.

— Então? — Encaro Gojo.

— Minha sobrinha é linda demais né? — Força um sorriso mas suspira em seguida — Oque eu faço?

— Primeiro, nasce de novo — Geto fala sério e acerto um tapa em seu braço — Ai... ta, segundo, chama ela para sair.

— Eu vou levar ela onde? So conheço baladas — Reviro os olhos — Não faz essa cara, Anya.

— As vezes você não parece adulto — Ele me mostra lingua — Vai no cinema, aproveita que tem uns filmes bem legais agora.

— Acha que ela vai aceitar? — Ele esta mesmo nervoso com tudo isso.

— Não custa nada tentar — Sorrio.

— O máximo que você vai receber é um não — Geto ri.

— Eu nunca recebi um não — Cruza os braços — Tabom, vou chamar ela para sair, mas não agora... agora quero ficar mais com essa coisinha fofa.

— Não chama ela de coisinha — Arrumo minha camisola quando Gina para de mamar.

— É bichinha do pai — Geto pega ela — Né filha?

— Deixa eu pegar ela um pouquinho — Meu irmão levanta e Geto faz o mesmo.

— Nem ferrando, peguei ela agora — Vira de costas.

— A para com isso — Volta para a frente de meu noivo. A porta é aberta e Kaly entra, sentando ao meu lado.

— Oque é isso? — Encara os dois homens que discutem.

— Estão brigando para ver quem vai segurar a Gina — Rimos juntas.

— É fofo — Concordo e sorrio olhando para os dois.

Nunca pensei que poderia amar mais meu irmão e meu noivo, até ver eles sendo tio e pai, cuidando de nossa menininha que mesmo tendo apenas horas de nascida, ja é muito amada.

Continua...

Somente amigos? || Suguru GetoOnde histórias criam vida. Descubra agora