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O restaurante é lindo demais, luzes amarelas se espalham por todo o teto, deixando o ambiente agradável. Pedi algum prato qualquer, afinal, não entendi nada do cardápio. No final descobri que era o prato que inspirou o filme Ratatouille, fiquei muito feliz e estava muito bom.

Agora os meninos estão conversando sobre algum assunto chato do trabalho e eu mexo em meu celular, minhas redes sociais bombaram depois do meu noivado com Geto, tenho muitos seguidores e meu direct enche de mensagens, algumas boas e outras ruins, meu noivo realmente tem muitas fãs.

Clico em uma nova publicação em que fui marcada e arregalo os olhos, é uma foto, foi tirada enquanto entravamos no restaurante. Geto esta a minha direita e Gojo um pouco atras da gente, e o foco da publicação é falando sobre uma possível gravidez pelo tamanho de minha barriga.

— O gente — Os dois me olham e mostro o celular — Acho que não vai dar para esconder por muito tempo.

— Você quer contar? — Meu irmão pergunta — Sei que se importa com isso, se não quiser, não precisa.

— Concordo com ele, amor — Me abraça de lado — Você quer?

— Eu não quero, mas esconder ou mentir não adianta de nada, então — Dou de ombros — Tanto faz.

— Graças a Deus, não tava aguentando mais segurar — Gojo fala e parece aliviado, oque me faz rir.

— Bobo — Deito no ombro de Geto — Estou com fome... pode pedir alguma sobremesa para mim?

— Você pode tudo — Geto fala.

— Vocês dois podem tudo — Gojo aponta para minha barriga e chama o garçom — Oi, minha irmã grávida gostaria de alguma sobremesa — O garçom o encara confuso — Eita, tu não fala minha língua né? Que burrice a minha — Pega o celular e escreve no tradutor, mostrando para ele.

— Quero alguma com chocolate — Falo e ele escreve novamente. Ô garçom fala algo que não entendemos e sai — Tomara que seja bom.

Não demorou muito para chegar, mas no final, Gojo pediu todas as sobremesas que tinham chocolate. Eu me senti no paraíso, foi como se meu bebe se animasse junto comigo vendo tudo aquilo.

Coloco mais um pedaço do bolo em minha boca e suspiro, Geto me olha com um sorriso nós labios e acaricia minha barriga, continuo comendo até sentir algo. Abaixo o olhar até a mão de Geto e encaro seu rosto, seus olhos estao arregalados e se mantem imóvel.

— Ei gente, oque foi? — Me viro para meu irmão.

— Acho que o bebe mexeu — Falo baixo e encaro minha barriga, a cutucando — Ei... mexe ai de novo.

— Eu também quero sentir — Gojo vem para o meu lado e coloca a mao em minha barriga, mas sinto o movimento na onde esta a mão de Geto de novo.

— Meu Deus — Olho para meu noivo e lagrimas molham suas bochechas — O amor, ta chorando de novo?

— Eu também quero chorar, neném, mexe para o seu tio preferido vai — Beija minha barriga e encosta o ouvido ali — Acho que ele ja me odeia.

— Isso é um bom motivo para chorar — Falo baixo mas seus olhos se estreitam para mim, ele ouviu — Assim ele não vai mexer mesmo, está tímido.

— Tímida é a minha piroca, vai neném, mexe ai — Lhe acerto um tapa na nuca — Ai, foi mal.

— Ele mexeu — Geto fala baixo e olhamos para ele — Como é a sensação, amor?

— É como se... não sei explicar. Mas é bom... e estranho, mas bom — Passo à mão na barriga — Oi neném, você ja é bem agitado né?

— Vai aprontar muito com o papai e com o titio, vamos dar uns perdidos na sua mãe — Reviro os olhos e Gojo continua — Vou usar você como desculpa para chegar em mulher bonita.

— Vai não, meu filho não vai nem sair do meu lado — Meu irmão faz bico — Bobão.

— É, sobrinho, sua mãe vai ser mais chata do que ja é — Se levanta — Que tal irmos embora em? To morrendo de sono.

— Eu também — Beijo a bochecha de Geto — Vamos?

— Sim — Sorri e se levanta, segurando minha mão e me levantando junto — Gojo, vai pagando la?

— Pode deixar — Se afasta da gente.

— Eu ainda não to acreditando que nosso bebezinho mexeu, e nem na onde tava a minha mão — Passa à mão em meu cabelo — Obrigado por me permitir viver isso, meu amor.

— Você vai ser um pai incrível — Beijo sua bochecha — Agora vamos, quero dormir muito.

Andamos até a porta e paramos para esperar Gojo. Olho em direção ao caixa e meu irmão conversa com o atendente, claramente dando em cima dele, ele não muda mesmo.
O atendente o julga com o olhar e parece nao dar muita bola para oque ele fala, um papel é deixado na mesa e Gojo volta para o nosso lado.

— Acho que to apaixonado — Sorri.

— Você se apaixona a cada minuto, maninho — Seguro no braço dos dois — Tem que conhecer alguém que te tire da cachorrada.

— Concordo com a Anya, experimenta namorar alguém, é muito bom — Geto fala olhando para meu irmão.

— Eu nunca namorei, e não vai ser hoje que vai acontecer — Olha para trás de novo e saímos do restaurante.

Continua...

Somente amigos? || Suguru GetoOnde histórias criam vida. Descubra agora