Capítulo 91 : Ele nunca acreditou em Deus

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19 de fevereiro de 2001

Os Comensais da Morte escolheram ficar a algumas dezenas de quilômetros de distância da Floresta Proibida.

Eles andavam como lobos, ansiosos pelo prazer do sangue escorrendo por suas gargantas; mas o Rei Lobo estava mais ansioso para brincar com sua presa.

Então eles escolheram parar ali, aproveitando o pânico e a resistência desesperada que se seguiriam; esperando a excitação chegar ao clímax, antes de engolir a presa inteira.

"Pare de falar, Reid! Estamos de guarda," O Comensal da Morte encapuzado pareceu se fundir com a noite enquanto eles montavam guarda, cobiçando o distante castelo imponente com olhos verdes.

"Não! Olhem!" Um Comensal da Morte apontou para a floresta que se estendia diante deles. "Há luz!"

O grupo de Comensais da Morte imediatamente ficou vigilante, rapidamente assumindo posturas defensivas, com o olhar varrendo.

Em frente à residência temporária deles havia um vale de fenda de aparência sinistra; o fundo era ainda mais rico que a noite, parecendo que poderia até engolir e distorcer a luz. Em frente ao vale de fenda estava a antiga Floresta Proibida.

Não havia nada lá.

"Tch." O outro homem zombou, seu rosto escondido na sombra do capuz, como uma toupeira se escondendo no escuro. "Eu me diverti muito brincando com sua coisinha ontem que você ficou cego? Cadê a luz?!"

Assim que ele falou, uma luz brilhou através do vale do rift. Assim como uma explosão repentina de acumulação, ela involuntariamente chamou a atenção das pessoas, mas instantaneamente diminuiu devido à resistência insuficiente, como uma criança brincando com 'piscada fluorescente'.

"Só tem uma pessoa." O Comensal da Morte estreitou os olhos, e a pessoa parada atrás dele ficou imediatamente aliviada.

A pessoa não parecia ter nenhuma intenção de cruzar a fenda; a julgar pela sua figura, parecia ser um homem jovem.

"E... Eles parecem familiares."

▢▢▢

"Essa varinha realmente não é fácil de usar." Harry esfregou os braços frios, a luz ainda piscando na ponta da varinha.

Fevereiro em Londres era durante a estação fria do inverno. Além disso, o sol já havia se posto; toda a luz havia convergido cuidadosamente para permitir a escuridão e o frio sobre o mundo.

Harry não sabia que expressão usar quando confrontado com Tom - ou deveria dizer Voldemort? Desde que ele voltou até agora, ele sempre evitou tocar nesse assunto; o assunto que o fazia se sentir envergonhado, feio e assustado.

Eles realizaram os atos mais íntimos do mundo. Ele foi forçado a abraçar o outro apesar do gênero, beijar, fazer amor - mas agora eles eram novamente opostos incompatíveis.

"Você é a única fraqueza dele."

"Um deve morrer pelas mãos do outro."

O destino controlava o passado, mas não podia se envolver no futuro, então deixou essa tarefa para o Destino. E embora o Destino gostasse de contrastar e comparar, ele nunca havia produzido uma comparação tão incrível, nem um contraste tão excelente.

▢▢▢

"Harry Potter, parado sozinho na entrada?" Voldemort sorriu; ele colocou a mão sobre a cabeça fria da cobra e acariciou gentilmente, como uma criança inocente segurando um coelho branco. Oh, o Lorde das Trevas não gostou dessa metáfora; além da Fênix, seu animal mais odiado eram os coelhos.

47 DAYS TO CHANGE - TRADUÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora