47 DAYS TO CHANGE - TRADUÇÃO

Capítulo 12 : Quem tem medo

NOTA: Esta é uma tradução de uma Fanfiction chinesa da HP de 墨玉绿

BETA: os grandes e maravilhosos Paperthins .

língua de cobra

Dezembro de 1932

Tudo era um borrão. A visão de Tom se concentrou na boca latindo de Billy à sua frente. O menino reclamava alto, ou talvez chorava, mas Tom não conseguia ouvir o que estava sendo dito. Tudo o que ele conseguia focar eram os olhos de Billy, olhando para ele com um triunfo malicioso. Ao lado de Tom, o coelho estava deitado, sangrando, em sua cama, com as pernas feridas esticadas pateticamente — poeira, pelos e carne agarrados aos ossos expostos, repugnantes e em carne viva — uma bagunça sangrenta. O fedor de sangue atraiu a pequena cobra. Ela enfiou a cabeça por baixo das mangas de Tom, mas se retraiu rapidamente depois de ver que eles tinham companhia.

A criança não tinha medo de sangue. Na verdade, ele tinha uma fascinação quase doentia pelo líquido escuro. Ele gostou da cor vermelha, espessa, escura e desesperadora; ele gostou de como ele secou rapidamente depois de derramar e como ficou pegajoso nas pontas dos dedos. Ele já havia estudado sangue antes, então percebeu como o sangue de um coelho não era tão espesso quanto o humano. Não era tão vermelho; não era tão radiante, como chamas ardentes que deslumbram os olhos.

Ele definitivamente não tinha medo de sangue, mas quando aqueles olhos esmeralda se voltaram para ele — arregalados de choque e desconfiança — seu próprio sangue se transformou em gelo!

Mas Tom não fez nada de errado.

Ele não fez nada, exceto ficar ali ao lado do coelho sangrando. De repente, Billy gritou e chorou a plenos pulmões, avançando como um homem louco, atingindo Tom com os punhos furiosos. No final, o menino mais velho tinha três anos de experiência de vida valiosa sobre Tom, então sabia quando agir rapidamente. Sua crueldade e truques estavam finalmente vencendo.

Tudo ocorreu de acordo com os planos de Billy.

Harry chegou bem a tempo de testemunhar as consequências sangrentas - o coelho ferido, os móveis quebrados, os brinquedos espalhados e... Tom parado no meio de tudo isso.

Billy ficou encantado ao ver as pupilas do homem se contraírem em estado de choque. O menino não poderia saber disso, mas seus planos acidentalmente acertaram em cheio. Na mente de Harry, a confusão sangrenta evocou memórias do campo de batalha, das mortes, da guerra, e despertou seu ódio e medo de Voldemort.

Foi quase bom demais .

Até Tom respondeu como Billy havia planejado! O menino apenas ficou parado ao lado do coelho, congelado no lugar, os músculos da mandíbula tensos, os olhos inexpressivos, sem qualquer alegação de inocência. Talvez o choque tenha tomado conta de seu cérebro ou talvez seu orgulho não o deixasse explicar. No entanto, os olhos de Tom ainda irritavam Billy; aqueles mesmos olhos superiores e penetrantes, olhando para além dele como se ele não merecesse qualquer atenção.

O garotinho ficou parado, os olhos negros focados nos passos de Harry que se aproximavam, o rosto jovem teimoso e sombrio, assim como o menino da penseira.

"Tom... eu não quero desistir de você, então não me force-"

Harry encontrou os olhares frios de Tom. Ele fechou os olhos, dolorido ao proferir a ameaça com voz trêmula. Ele pegou o coelho e o fedor de sangue encheu suas narinas. As palavras calmas do homem atingiram como um martelo as orelhas de Tom, atingindo deliberadamente as partes mais vulneráveis ​​dele, repetidas vezes, até que suas pernas tremeram sob a pressão.