47 DAYS TO CHANGE - TRADUÇÃO

Capítulo 52 : Queixas Tardias

4 de janeiro de 1943

Uma garota morreu em Hogwarts. Por mais incompetente que seja o Ministério, já deveria ser hora de encontrarem o autor do crime, certo? Com esse pensamento, Tom sorriu e prosseguiu com seu próximo movimento.

E assim, o assassino foi encontrado.

Quando Harry recebeu a notícia, correu para o escritório do diretor. Era espaçoso o suficiente para acomodar todos os professores e mais cinco ou seis Aurores.

"' Não fui eu! Não sei de nada!' o assassino uivou", disse um Auror robusto aos professores.

Harry olhou para o garoto que foi arrastado e sentiu uma inexplicável sensação de familiaridade.

"Um garoto Durmstrang, Igor Karkaroff!" O Auror disse grosseiramente, enquanto empurrava o garoto para frente sem cerimônia.

Karkaroff! Os olhos de Harry se arregalaram. Ele olhou para seu rosto, tentando encontrar uma sombra do futuro Diretor de Durmstrang em seus traços faciais mais jovens.

"Não fui eu! Não tenho ideia do que aconteceu!" O garoto de nariz adunco gritou com os dentes cerrados. Seu par de olhos era como punhais – só de olhar para ele poderia provocar um arrepio.

"Todos os retratos e fantasmas que estavam lá no momento da morte da garota viram você sair do banheiro feminino. Sua varinha foi enviada ao Ministério para inspeção, e o relatório que saiu indicava vestígios de um feitiço mortal lançado de seu varinha. Se não foi você, então quem poderia ser?"

Karkaroff olhou friamente para o Auror que falou, forçando um arrepio nas costas do bruxo endurecido pela batalha. Seus olhos eram aproximadamente triangulares, penetrantes e nojentos; ele fez uma pausa, antes de cuspir as próximas palavras como uma maldição. "Foi Charlov! Foi ele!"

"Ele queria que eu matasse Mylene Lance! Ele lançou a Maldição Imperius em mim!" Karkaroff gritou; observando as expressões de todos os professores ficarem rígidas, ele sorriu cruelmente.

Isso foi incrível; era como atuar, e entre todas as pessoas ali ele era o único que conhecia o roteiro. Ele só precisava seguir as instruções e levar a trama adiante. Ele não entendia por que Tom queria matar Mylene Lance, mas contanto que pudesse derrubar Charlov, ele não se importava. A vitória estava nas mãos de Karkaroff e todas as armas apontadas para as costas de Charlov; tudo porque contou com o apoio de um demônio sábio e poderoso por trás dele que contribuiu para o desenvolvimento da trama.

Charlov foi empurrado para os professores. O alto garoto alemão naturalmente negou as acusações e virou a cabeça para encarar Karkaroff; o ódio em seus olhos chocou Harry, que estava por perto.

Observando sua expressão maliciosa, que ele nem se preocupou em esconder, Harry balançou a cabeça para Joan, que estava ao lado dele. "Não deveria ser ele." Esta criança não era do tipo que ficava parada vendo uma vida escapar.

Charlov olhou para Harry; ele ergueu o queixo antes de escolher o momento mais imprudente para demonstrar seu orgulho. "Eu lancei a Maldição Imperius nele, mas só queria que ele fizesse papel de bobo, e não matasse ninguém! Não é mesmo, Leela?"

Um garoto de Durmstrang parado atrás dele acenou com a cabeça para os professores. "Isso mesmo."

Muitos dos estudantes de Durmstrang observavam os professores. Comparados a Karkaroff, eles acreditavam mais em Charlov. No entanto, o Diabo disse: Está tudo bem. Enquanto apenas um aluno de Durmstrang não concordar, as dúvidas nos corações dos professores se expandiriam indefinidamente. Assim como uma pedra atirada em um lago, as ondulações atingirão cada centímetro da superfície.