47 DAYS TO CHANGE - TRADUÇÃO

Capítulo 16 : O Primeiro Adeus

NOTA: Esta é uma tradução de uma Fanfiction chinesa da HP de 墨玉绿

BETA: o brilhante e maravilhoso Osmodion

língua de cobra

31 de setembro de 1935

Num piscar de olhos, três anos se passaram.

Tom amadureceu tanto física quanto mentalmente. Fornecido com alimentos nutritivos e ambiente estável, ele experimentou seu primeiro surto de crescimento. O corpo magro do menino cresceu alto e forte, e suas feições anteriormente delicadas tornaram-se mais esculpidas e refinadas, com um toque de masculinidade visível em suas sobrancelhas pontiagudas e na linha do queixo angulado. Ele tinha sete anos e já era um mestre em esconder sua verdadeira natureza. Ele se comportou como um jovem cavalheiro perfeito, sempre cortês e adequado.

Evidentemente, os últimos anos foram bons para ele.

Junto com Tom, até a pequena cobra cresceu muito. Ela trocou de pele muitas vezes, até que Tom percebeu que ela logo ficaria grande demais para se esconder nas mangas dele e a proibiu de crescer ainda mais. Mesmo que Tom, desde o início, tivesse certeza de que Harry não conseguia entender a língua das cobras , sua natureza desconfiada o tornou cauteloso ao deixar seu zelador ver a cobra.

Harry foi o único que não mudou. Os últimos três anos não deixaram nenhuma marca no jovem, quase como se o tempo, para Harry, estivesse congelado no lugar. Com o passar dos anos, seus olhos verdes permaneceram brilhantes, puros e cheios de esperança. Até o cabelo dele parecia o mesmo – mesmo comprimento, os mesmos cachos pretos bagunçados.

Três anos foram suficientes para que Tom se familiarizasse com tudo sobre o jovem: como a cicatriz em sua testa tinha o formato de um raio, como ele sempre usava uma ampulheta prateada no pescoço. Harry não tinha amigos em Londres; ele mal se socializou. Ele preferia ficar sentado o dia todo em seu escritório, sozinho e em completo silêncio, enquanto desenhava planos para a Armada de Dumbledore em seus cadernos.

Muitas vezes, Tom refletiu sobre o enigma que era Harry Potter, o homem misterioso que parecia ter caído do céu e aterrissado na sua frente. Tom não conseguiu encontrar nada sobre o passado de Harry. Ninguém sabia de onde Harry era, ou para onde Harry estava indo, e isso deixou Tom preocupado... e isso fez Tom querer capturá- lo .

Os olhos do menino escureceram quando ele bateu na porta do escritório.

"Tom?" O rosto gentil de Harry emergiu de trás de uma grande mesa cheia de gráficos e cálculos. Com os cabelos negros desgrenhados como sempre, ele sorriu para Tom, antes de voltar sua atenção ao trabalho.

Tom sorriu de volta, ansioso e confiante, mas só ele conhecia as inseguranças que cresciam em seu coração. Harry estava frenético nos últimos dias. Ele se trancou dentro do escritório. Ele mal dormia ou comia enquanto trabalhava sem parar, como um homem em uma missão, como se estivesse correndo contra o tempo para cumprir alguns prazos que Tom não conhecia.

Os comportamentos estranhos de Harry preocuparam Tom.

"Harry. No próximo mês, nossa escola organizará uma excursão - os pais são incentivados a comparecer."

Tom habilmente fez uma expressão ansiosa, fingindo uma tontura infantil pela viagem. Ele entregou a Harry o recibo de permissão. Ao se inclinar sobre a mesa, ele teve um vislumbre da escrita de Harry. Claro, a Armada de Dumbeldore, de novo.

Harry queria desesperadamente que Tom entendesse a vida trouxa para evitar que o menino desenvolvesse preconceitos mais tarde. Então ele mandou Tom para uma escola primária trouxa. Neste momento, o menino de sete anos estava cursando a segunda série.