Te(n)são

367 30 5
                                    

Shammuel

Sicília - Itália

- Entre Hanna! - abro a porta da minha casa para ela e ela entra, com seus olhos curiosos.

Vejo-a observar a sala e seus olhos azuis brilham passando pelos móveis, até parar em mim e eles baixarem, com suas bochechas ficando vermelhas. Ignoro a vontade de saber o que ela está pensando e o incômodo que é tê-la aqui dentro da minha casa, preferia deixá-la em outro lugar, de preferência bem longe de mim.

- Está cansada, Hanna? - pergunto observando seu semblante. Ela quase não dormiu durante a viagem.

- Sim mestre! - sua voz sai baixa.

- Não me chame de mestre, me chame de Shammuel! - tento não soar rude - Venha, vou levá-la ao seu quarto!

Sua cabeça levanta, com seus olhos me olhando confusos e ela a baixa rapidamente.

- O que quer falar, Hanna? - ela não responde minha pergunta e esmaga seus lábios para que as palavras não escapem. Vou até ela e levanto seu queixo para que me olhe e seus olhos confusos me fitam, me engolindo na porra do azul tempestuoso, que me deixa fascinado - Já lhe falei que pode falar a hora que quiser não é? - falo baixo e ela assente - Então?

- Hanna não vai dormir com o mestre? - ela ignora minha ordem anterior de não me chamar de mestre e sua pergunta inocente me deixa mais duro do que eu já estava ao vê-la corada.

Suspiro afastando a memória de dois dias atrás, quando acordei com ela colada a mim. Mas não consigo e ainda sinto o calor do seu rabo colado no meu pau, porque eu sou a porra de um tarado filho da puta!

- Não, Hanna vai dormir no seu próprio quarto! - respondo irritado me afastando dela e ando até o aparador para me servir de uma bebida, precisando urgentemente molhar minha garganta seca.

- Madame ensinou que Hanna dorme no chão ao lado do mestre, assim Hanna pode satisfazer o mestre quando ele quiser!

Me angasgo com a porra da vodka que queima meu nariz ao sair por ele. Sim, eu vou me arrepender de tê-la aqui, puta que pariu!

- Já falei que não sou seu mestre Hanna! - minha voz sai rouca pelo engasgo.

Suspiro vendo ela baixar a cabeça tristemente e passo por ela.

- Venha Hanna! - a chamo e começo a subrir as escadas sem olhar para ver se ela me acompanha, querendo me afastar o máximo possível da garota. Sei que vou me arrepender amargamente de ter essa garota aqui!

Quando paro em frente a porta olho para trás e a vejo vindo a passos devagar e olhando curiosa as portas do corredor.

- Entre! - ordeno quando abro a porta e ela obedece, olhando tudo com curiosidade.

- Quarto do meu mestre? - ela se vira para mim e seus olhos me fitam brilhando quando sua pergunta sai.

- Não, esse é o seu quarto! - respondo incomodado por ter gostado daquela merda.

Hanna baixa a cabeça decepcionada e eu suspiro, estou cansado dessa porra, de ter uma garota submissa que acha que precisa me satisfazer e não entende que é livre, e que está me deixando louco. Nunca precisei tanto fugir de um mulher como agora e o fato dela parecer com a irmã me deixa confuso e irritado! Vou até ela e levanto sua cabeça, vendo o quanto ela está triste.

- Você agora é livre Hanna. Não precisa de um mestre, bem obedecer ordens, pode fazer o que quiser e quando quiser! - falo calmamente para ela. - Entende o que eu falo?

Ela me olha confusa e sua cabeça balança de um lado para o outro, negativamente.

- Hanna não quer ser livre, quer servir ao mestre Shammuel! - sua voz sai baixa e eu rosno perdendo a paciência.

Consigliere - Renda-se ao Prazer...Onde histórias criam vida. Descubra agora