Medo!

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Hanna

É como se fosse um sonho o que estou vivendo com meu mestre! 

Depois de nossa manhã intensa onde ele me amou de todas as formas e não falo apenas sexualmente, ele me deu carinho e cuidou de mim como se eu fosse relmente algo muito precioso para ele. Um mês se passou desde que meu mestre, digo, Shammuel me salvou daquele porão e nós não nos desgrudamos mais. 

Agora estamos nos preparando para viajar, ele disse que quer me mostrar o mundo, quer que eu conheça o que me foi negado, mesmo que só o que me importava era ele, ficar com ele era a única coisa que eu queria nesse mundo, mas ele estava empenhado em me dar tudo e eu aceitarei, por ele!

Eu continuo com as sessões com a doutora Catarina, nós nos falamos pelo ipad, é assim que se chama, e já estou melhor das dores, na verdade não tive nenhum episódio desde que voltei para meu Shammuel. Ela me disse que o amor que ele me dá e o amor que eu sinto por ele está me curando, porque a dor é psicológica e com ele ao meu lado não há mais gatilhos.

Mesmo sem dor psicológica, eu ainda preciso de dor física, porque é assim que me sinto aliviada, então meu mes... Shammuel, ainda tem seções comigo. Confesso que fico ansiosa por elas, sempre que ele me domina, me sinto livre, me sinto amada. 

Agora que conheço meus limites ele não me machuca além, mesmo que eu suporte tudo o que ele quiser me dar, ele não me leva ao limbo mais, o alívio vem com sua boca, assim como com seu corpo.

Ja estamos à um mês viajando, agora são dois meses ao lado dele. Shammuel me levou à vários países e amei conhecer pessoas estranhas, e comidas estranhas, mas confesso que só queria voltar para casa, sinto falta de casa.

Quatro meses depois

Estamos no hotel, em Nova York, e é de noite. Catarina veio me ver e chorou abraçada a mim, me pedindo desculpas por não ter me mantido segura, e eu não entendi, não foi culpa dela, mas não pude evitar chorar por sentir saudades de Marta, eu sentia muitas saudades dela. 

Quando falei isso ela olhou estranho para o meu mestre e percebi que ele também a olhou estranho, como se eles estivessem tensos, e quando perceberam que eu os encarava, eles apenas sorriram para mim, dizendo que estava tudo bem sentir saudades dela, que Marta me amava também, e logo a tristeza passaria!

...

- Amanhã vou levar você para conhecer alguém, Hanna! - olhei para ele e senti meu coração afundar. Será que ele já se cansou de mim e vai me dar a alguém? Senti-me triste ao pensar isso. 

- O que houve, amor, porque está chorando? - ele levou a mão até meu rosto e enxugou minhas lágrimas, que eu não percebi que caiam.

- Mes... mestre vai dar Hann... Hanna? - um soluço escapou por minha boca.

Eu já aprendi a me comunicar direito, mas quando ficava nervosa me esquecia das palavras. 

- Não, Hanna! Eu falei para você que nunca mais ficaríamos separados! Eu não vou deixá-la nunca! - sua voz saiu firme e aliviou meu coração  - Eu te amo, Hanna e nunca vou deixá-la ir, entende o que eu falo? Nunca mais ficaremos longe um do outro! - solucei mais uma vez, mas agora minhas lágrimas eram de alívio, alívio por ele me dizer essas coisas, por me afirmar que nunca mais vai me deixar!

Ele me abraçou apertado, me puxando para cima do seu corpo, repetindo que nunca me deixaria, nunca mais ficaríamos separados, e quando finalmente minha lágrimas pararam, adormeci em seus braços.

Na outra noite Shammuel me levou para conhecer minha irmã Giovanna. Ele já havia me explicado quem ela era, apesar de eu não me lembrar dela, ja que fui levada ao porão aos dez e não cheguei a conhecê-la. Antonella me disse o que ela passou por mim e como a encontrou machucada. Eu agradeci a ela por tentar me ajudar, e por ela ter desistido do meu mestre, assim ele agora era livre dela para ficar comigo.

Consigliere - Renda-se ao Prazer...Onde histórias criam vida. Descubra agora