Consigliere - Renda-se ao Prazer...

Sangue sujo!

Antonella

Suspiro sentindo seu corpo quente colado ao meu. Sei que não deveria amá-lo,  não depois de ter sido usada para sua vingança tola, que quase custou  a vida do meu irmão. Mas Brian não era tão ruim assim, não que eu queira justificar seus erros, justo eu, que venho de uma família de mafiosos que vivem as margens da lei. Quem sou eu para julgá-lo. Mas sei que ele não é tão mal, porque vi ele defendendo minha cunhada, quando salvou a vida dela antes da mãe tentar matá-la naquele porão!

Quando acordei e fui atrás dele, vi ele e uma mulher entrarem em uma sala e os segui e quando me escondi atrás de uma parede, ouvi a voz de Bianca.

- Brian? - ela falou chocada ao ver ele. - Mãe?

Fiquei confusa em ouvi-la chamar a mulher de mãe, então me lembrei dela no estacionamento. Quando ela abordou Bianca para conversarem. Bianca me mandou entrar na frente e eu entrei no elevador do estacionamento, mas decidi voltar ao achar estranho aquela mulher, e quando cheguei próximo de onde tinha deixado o carro, vi ela desacordada e sendo colocada por alguns homens dentro de uma Van. Então gritei por socorro,  mas um deles me pegou e colocou um tecido com cheiro forte em meu nariz e eu apaguei.

Quando acordei Brian confessou seu crime e que eu agora era sua cúmplice. Tentei fugir e consegui entrar em contato com uma amiga, mas ela me falou que eu estava sendo caçada por Matteo assim como Brian, pelo sequestro da sua mulher! Então não tive escolha, precisei aceitar meu destino. Matteo não me ouviria, não quando descobrisse meu envolvimento com Brian.

Sai dos meus devaneios quando ouvi um tiro dentro do porão e vi a mulher cair aos pés de Bianca morta. Vi que ela segurava uma faca na mão direita.

- Ela iria matar a ruiva! -  ele se justificou, horas depois quando o confrontei.

Brian não a sequestrou por odia-la, mas porque tinha ordens a cumprir. Quando soube que Matteo estava indo até a fortaleza, ele mandou que dois de seus seguranças me levassem de lá para um esconderijo em uma mata fechada, longe de tudo. E depois apareceu machucado, com um tiro no ombro e eu quase o perdi e fiquei sozinha no mundo. Cuidei dele por meses até podermos sair de lá.

Brian nos levou para a casa do seu avô,  onde seu tio desaparecido estava no comando, depois da morte de Vladimir e nos mandou para a Alemanha, onde estamos escondidos a quatro meses.

- O que tanto pensa amor! - sua voz rouca susurra em meu ouvido, me causando arrepios - posso ouvir seu cérebro trabalhando daqui! - ele ri me abraçando apertado se esfregando em minha bunda.

Suspiro e me entrego a ele mais uma vez, sentido que ele agora é minha casa e preciso me acostumar com isso!

...

Um mês depois

- Você nao é a esposa do general Stein? - pergunto chocada vendo o quanto ela está machucada, esperando que não me responda já que falei em italiano e com certeza ela não entendeu.

- Infelizmente! - me surpreendo quando ela me responde em italiano, mesmo que sua voz saia em um susurro, mostrando o quanto dói mover a boca machucada.

- Você é italiana? - ela não me olha, antes fica olhando para fora da janela.

- Não, mas vivi por la muitos anos! - sua voz sai baixa.

- E porque está aqui? - pergunto observando seu corpo machucado, ela está com a roupa rasgada entre os seios e há sangue seco em sua saia, que está torta, como se ela não se importasse com a forma em que está.

- Para cumprir meu destino de merda! - sua voz está amargurada.

- Desculpe se estou sendo desrespeitosa, mas porque está assim? Digo, quem faria isso com a mulher de um homem tão poderoso?