Chame meu nome!

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Hanna

Sinto os braços do meu mestre me segurando firmemente, foi assim dentro do carro e depois dentro do avião, mesmo quando ele dormiu cansado, não me largou nenhum minuto. Desde que me resgatou daquele porão, ele não me largou mais, e eu gosto muito disso. Ansiava o dia em que ele voltaria oara mim e me tomaria novamente em seus braços e ele veio, veio até mim e me salvou!

Senti uma tristeza imensa quando Madame me disse que eu era dela novamente e que eu parasse de chorar por Marta, que ela estava morta e que eu só sairia do seu lado se ela ou eu morressemos.

Mas eu não conseguia parar de chorar, não era só por Marta, mas porque sabia que não veria meu mestre nunca mais. Mesmo que ele não me quisesse eu o queria, queria que ele viesse me buscar daquela casa e agora desse porão.

Madame me emprestou para o mestre com varias figuras coloridas, uma vez Marta me disse que se chamam tatuagens, e que não sai da pele nem mesmo lavando com a escova. O mestre me levou para um lugar distante e muito frio, que demorou muito tempo para chegar.

Ele não me tocou, mesmo me deixando presa a corrente na maior parte do tempo. A madame me bateu com força, me ordenando a parar de chorar e me deixou com fome por dias. Pensei que iria morrer de fome e de frio. Eu já estava acostumada a comer quando ficava com fome, e a dormir em uma cama quentinha, e agora estava aqui de volta, de onde ela disse que eu nunca deveria ter saído.

Mas então ele veio me salvar, como o principe que salvou a princesa no dia em que assisti junto com Marta, meu mestre veio me salvar também e me chamou de meu amor, fazendo meu coração bater acelerado, quando ele me chamou assim que pensei que ele sairia pela boca.

Eu sou o amor dele, meu mestre me ama.

Catarina me explicou que o amor é, na verdade eu não entendi muito bem no começo, mas ela falou que o amor é bom, ele cuida, protege, te deixa feliz, mesmo que existam momentos ruins, quem ama não machuca, nem abandona.

Eu pensei que meu mestre não me amava porque ele me abandonou, mas Catarina me falou que o amor também faz sacrifícios que doem, que as vezes pela felicidade do outro, alguém precisa abrir mão de algo ao de alguém!

E ela me explicou que meu mestre precisou me deixar ir para que eu fosse feliz, porque ele não sabia como fazer a dor ir embora e sofria com isso, sofria me vendo sofrer. Então, porque ele me amava, escolheu me mandar para ela para que eu pudesse me curar da dor, mesmo sofrendo com minha ausência.

Então entendi que sim, eu era o amor dele!

Chegamos a casa do meu mestre e ele me levou diretamente para seu quarto e me colocou em cima da sua cama com cuidado como se eu fosse quebrar a qualquer momento.

- Está com fome Hanna? - ele me olha atento e ainda vejo dor em seus olhos.

- Hanna quer tomar banho! - levo minha mão ao rosto dele que se inclina em minha mão e fecha os olhos. - O mestre da banho em Hanna! - sorrio quando ele abre os olhos e me olha intensamente.

- Vou cuidar de você amor - meu coração acelera quando ele me chama assim - nunca mais ninguém vai chegar perto de você ou tentar machucá-la, eu prometo! - ele toca seus lábios nos meus, tão rápido que eu pensei ser algo da minha mente, ele me pega no colo e me leva até o banheiro.

Ele coloca a banheira para encher e tira sua roupa de mim, assim que entramos no avião ele me fez tirar a roupa do outro homem e me fez vestir a roupa dele. Seus olhos não deixam os meus e me sinto quente, me sentindo molhada entre as pernas, eu preciso muito dele, sinto falta dele.

- Mestre! - suplico sentindo meu corpo doer.

- O que você quer Hanna? - a voz rouca do meu mestre e seu olhar intenso sobre mim me faz ansiar.

Consigliere - Renda-se ao Prazer...Onde histórias criam vida. Descubra agora