Única!

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Shammuel

Arqueio minha sobrancelha quando a porta do meu escritório abre com violência e Marta passa por ela bufando como um touro enraivecido. Pisco devagar afastando-me um pouco da mesa e solto os documentos sobre ela, me virando para encarar a mulher baixinha e zangada a minha frente.

- O que pensa que está fazendo? - ela grita e pisco confuso com sua acusação.

- Se não for mais específica, acredito que não vou saber do que me acusa! - falo calmamente e cruzo os braços a frente do peito esperando que ela me faça compreender o que eu fiz para merecer sua fúria.

- Não pode tratá-la assim! - a senhora rechonchuda e de bochechas coradas pela ira a minha frente não está falando coisa com coisa e não entendendo realmente o que fiz.

- O que você quer marta? - resmungo perdendo a paciência - tenho trabalho a fazer! - aponto os papéis em cima da mesa.

- Hanna não é como essas vagabundas que você fode e depois joga fora! - ela aponta o dedo raivosa - Não pode usá-la e depois descartá-la como bem quer!

- Do que está falando! - rosno ja perdendo a paciência de uma vez. - Eu não usei ninguém! - me defendo, eu não uso ninguém, é tudo concensual. As mulheres que vem a mim me pedindo para fodê-las.

- Do que estou falando? - ela ri - eu vi a marca no ombro dela, seu filho da puta! - ela rosna - Hanna não é como essas garotas que você trepa, que gostam dessas merdas ai que você faz! - Sua respiração está acelerada. - ela é pura e inocente.

Sinto vontade de rir da sua fala, Hanna não so gosta como pede para ser machucada, mas não vou discutir isso com a senhora baixinha a minha frente.

- Não estou entendendo o porquê da sua fúria, pode me explicar com mais clareza, marta! - suspiro tentando me controlar.

- Será que não percebe o quanto aquela jovem está sofrendo Shammuel? Ela passa o dia suspirando por você. Olhando para a merda da porta esperando você passar por ela, o único que ela conhece por aqui e que fala sua língua! - ela rosna - Sabe o que é passar o dia todo jogada em um canto sem poder conversar com ninguém? Hanna já estava começando a se soltar mais, ja estáva até mais saudável, e agora, depois do que ela viu, nem comer quer mais. Ontem ela até sorriu pra mim, algo que eu nunca a vi fazer...

- O que ela viu que a fez ficar sem comer? - interrompo sua fala.

- Você é um desgraçado mesmo! - ela rosna - tem certeza que não sabe a merda que fez?

- Deixe de enrolar e fale logo! - ordeno me sentindo cansado e ela me olha colérica.

- Ana, foi isso o que aconteceu! - sua voz sai carregada de nojo - quando cheguei de manhã, Hanna estava dormindo sentada ao lado da parede do seu quarto, agarrada aos joelhos, e quando a acordei Ana saiu de lá com um sorriso de orelha a orelha! - ela me acusa. - depois disso Hanna voltou ao que era antes, não quer comer, nem mesmo quer sair da cama! - sua voz embarga - Hanna é especial Shammuel, não merece ser usada depois de tudo o que passou. Se não a quer deixe ela ir, deixe que outra pessoa cuide dela, alguém que não vai trocá-la na primeira oportunidade!

Me calo com suas palavras, imaginando Hanna ao lado da minha porta de madrugada ouvindo o que Ana e eu fizemos. Sei que sou um filho da puta por ter trepado com ela, mas estava a ponto de enlouquecer depois de provar do sabor de Hanna e sabia que não iria conseguir me controlar se ficasse perto dela, depois do que aconteceu no clube.

Nunca senti nada tão forte assim, algo que faça meu monstro querer sair e a machucar até me sentir satisfeito! Hanna é diferente de Giovanna, e eu sou a porra de um sádico a muitos anos, gosto de ifligir dor para o meu prazer e mesmo Hanna sendo masoquista, não posso fazer isso com ela. Estaria sendo um desgraçado se a fizesse minha, antes de ajudá-la a superar essa merda!

Consigliere - Renda-se ao Prazer...Onde histórias criam vida. Descubra agora