Consigliere - Renda-se ao Prazer...

Dói mestre!

Shammuel

- A filha do Fürehr? - Matteo me olha surpreso.

- É, David me impediu de matá-la, porque ela estava ao lado do segundo filho da puta no comando da irmandade, que pelo que ele me disse é o genro do Fürehr. Os dois estavam de mãos dadas como a porra de um casal apaixonado. - rosno sentindo o ódio correr por minhas veias como veneno.

- Pelo jeito nossos aliados estão tramando algo, ela deve ter colhido informações para a irmandade! - Matteo pondera - Marque uma reunião com os cinco da família, quero saber o que esses filhos da puta estão aprontando.

- Quero voltar logo a Alemanha, agora que sei onde ela está nada vai me impedir de tê-la empalada no meio da cidade! - sorrio imaginando a cena.

- Não se preocupe, açougueiro, vou deixar você fazer uma carnificina quando confirmar a deslealdade dos filhos da puta! - Matteo rosna.

Depois de marcar a reunião com as familias, volto para casa e ouço o grito agoniado da garota no andar de cima. Saco minha arma e corro até seu quarto, mas quando entro não há ninguém, apenas ela se contorcendo em dor, em cima da cama. Guardo a arma e ando até ela, me sentando ao seu lado.

- Hanna! Hanna, olhe para mim! - seguro em seu rosto e seus olhos abrem angustiados enquanto ela treme com os dentes cerrados para não gritar. - Fale, o que está acontecendo? - tento soar calmo.

- Dói mestre! Doí muito! - ela geme, chorando agoniada

- Onde dói Hanna? - questiono olhando seu corpo, tentando ver se ela estava machucada.

- Corpo de Hanna doe muito! Mais que castigo da madame! - ela grita alto enquanto chora.

- Merda! - rosno e pego o telefone e ligo para o doutor Falcone que responde rapidamente falando que já está a caminho.

A garota está suada e gritando agoniada como se estivesse sendo torturada. Sinto meu peito arder, não gostando dessa sensação que o aperta, me sentido incapaz ao ver a garota sofrendo. Puxo ela para mim e a abraço, sentido suas unhas entrarem em meus ombros e ela me morder com força, deixo que ela faça, tentando conforta-la, mas não adianta, porque ela rosna e chora com seus dentes cravados em mim.

Falcone chegou minutos depois, entrou no quarto e rapidamente aplicou um calmante nela e Hanna parou de gritar e caiu em um sono profundo. Ele a examina por algum tempo e me olha com um vinco na testa.

- Não ha nada de errado com ela! - Falcone fala intrigado. - Você a machucou?

- Não, falcone, não encostei nela! Quando cheguei ela já estava gritando, falando que seu corpo doía mais do que os castigos que recebia. - falo de mau humor.

- Castigos? - ele me olha confuso.

- É, ela foi resgatada de um cativeiro na Alemanha, onde foi ensinada desde os dez anos a ser uma submissa! - explico olhando a garota dormindo.

- Dios mio! - ele arfa - Preciso levar ela para fazer alguns exames. Aparentemente ela está saudável, apesar de desnutrida. Mas é bom fazer exames, para descartar qualquer problema.

Concordei com ele, não sabendo o que fazer para ajudar a garota. Depois de horas no hospital, Falcone me informou que a garota estava saudável e que a dor poderia ser psicológica, devido aos traumas que viveu. Me recomendou procurar uma psiquiatra amiga dele, que também era uma dominatrix. Ela poderia ajudar Hanna, já que ela entendia do assunto, além de ser psiquiatra.

Levei Hanna para casa e a deitei na cama, ela ainda dormia devido ao efeito do calmamente. Nunca precisei lidar com pessoas além das que eu torturava e agora preciso lidar com essa garota, que me irrita e me fascina, me deixando confuso! Suspirei saindo do quarto e indo até a cozinha, preparar algo para ela comer.