Consigliere - Renda-se ao Prazer...

A desobediência!

Hanna

Senti vontade de sorrir ao ver como o vestido que meu Mestre me trouxe ficou bonito em mim. Ele era preto com mangas longas e de ombros baixos. Era colado até meu ventre deixando os meus seios mais cheios, mas sua saia, que chega até o meio das minhas coxas, era soltinha, com babados e balança quando eu mexo meu quadril. 

A mulher que meu Mestre mandou cuidar de mim, me ajudou a tomar banho e me depilou, me deixando limpinha e cheirosa. Geralmente era a madame que me depilava, e me dava banho, mas ela não era tão gentil como senhora que meu Mestre mandou. 

Ouço meu mestre vindo até meu quarto, sei que é ele pelo barulho que seus passos pesados fazem pelo chão do corredor quando ele vem e me ajoelho esperando por ele. Eu não o vi durante todo o dia e me senti triste por isso. Ele entra no quarto e seu cheiro bom me invade, me deixando aniosa.

- Levante Hanna! - sua ordem rouca faz meu corpo tremer e minha barriga esfriar. 

Levanto do chão, ficando a sua frente e ele ergue meu olhar até os seus. Sinto um choque percorre meu corpo quando seus olhos negros e ferozes se cravam nos meus e me sinto queimar quando ele os descem por meu corpo. Arfo sentindo toda a intensidade que emana dele. Seu maxilar trava e ele inala forte pelo nariz, como se estivesse com raiva. 

- Mestre bravo com Hanna? - pergunto sem saber o que fiz para ele ficar bravo.

- Não Hanna, não estou bravo com você! - sua voz rouca faz calafrios percorrerem meu corpo e parar em meu ventre. 

Ele rosna baixo, me olhando como um lobo feroz e faminto, como se fosse me devorar e rasgar minha pele, mas não tenho medo dele, pelo contrário, anseio sua fúria sobre mim, sentir os golpes de suas mãos fortes, até meu corpo aliviar a dor que me toma todas as vezes que lembro da madame me espancando. Queria que ele me tocasse e sinto-me úmida entre minhas pernas, e as fecho tentando fazer essa dor incomoda parar.

- Mestre gostou do vestido de Hanna? - suspiro tentando controlar meu coração e a vontade de tocá-lo. Sei que não devo, madame falou que não posso tocar no mestre sem autorização.

- Não sei o que me deu na cabeça quando deixei Bianca comprar roupas para você! - ele rosna e o olho confusa, então não foi meu mestre quem me deu o vestido? 

Sinto a tristeza me invadir em saber que não foi ele quem me deu.

- Está linda Hanna! Como a porra de um demônio tentador! - ele sussurra me causando arrepios e sinto vontade de esfregar minhas pernas. - Vamos, antes que eu desista! - ele Grunhi e me puxa para fora, segurando com força em meu braço, causando um incômodo maior no meu ventre.

Meu mestre abre a porta do carro para mim e a fecha. Faz a volta e entra no lado do motorista. Ele me olha por um tempo e depois suspira e se ergue por cima de mim, fazendo meu coração acelerar com sua proximidades e seu cheiro, me faz ansiar encostar meu nariz no seu pescoço. Ele se afasta me causando uma sensação de vazio. Olho para baixo e percebo que colocou o cinto em mim, e levo a mão ao meu peito tentando controlar meu coração, que parece que vai sair pela boca a qualquer momento.

O carro percorre a estrada de terra e entra em uma balsa, sei disso porque ele me disse o nome quando me viu curiosa ao ver o carro entrar ali. Meu mestre ficou calado observando o mar escuro ao lado da sua janela e em nenhum momento me olhou, o que me deixou triste, mas não pude dizer isso a ele, ja que ele não me autorizou a falar. 

A balsa parou e o carro voltou a andar, e entramos em um lugar barulhento, cheio de casas e pessoas conversando alto. Elas sorriam e conversavam entre si sem ninguém as repreendendo ou ninguém ajoelhado. Achei estranho as mulheres em pé conversando com seus mestres e sorrindo, com varios outros homens ao redor.