Consigliere - Renda-se ao Prazer...

Epílogo!

Shammuel

- Eu vou morrer com essa espera! - afirmo nervoso, afrouxo o nó da gravata sentindo o ar ficar preso em meus pulmões.

Sinto como se fosse morrer a qualquer momento. Hanna não pôde ter um parto normal por complicações durante a gravidez e agora passava por uma cirurgia de risco porque nossa Cecília quis vir antes dos nove meses.

Apressada igual o pai.

- Calma irmão, eu passei por isso duas vezes e estou vivo! - Matteo tentou me acalmar mas recebeu um olhar mortal de Bianca.

- E antes que precise passar pela terceira eu corto seu pau!  - ela rosnou. - é muito fácil falar quando uma criança não sai de dentro de você!

- Desculpe amor, não quis ofender você! - ele riu e a beijou nos lábios desfazendo o bico.

Suspiro pela centésima vez ao olhar o relógio pela milesima vez. Mamma já tentou me acalmar, Matteo falou piadinhas, mas nada conseguia me fazer ter calma, não antes de saber como minhas duas garotas estavam!

Giovanna chegou à duas horas junto de Brandon e Conell, o que me deixou mais nervoso ainda pois o infeliz anunciou sua aposentadoria e eu vou ter que assumir seu lugar assim que Hanna estiver bem. Minha vontade era matar esse velho filho da puta e mandar todo mundo se foder com aquela merda.

O médico passou pela porta e senti meu coração parar de bater por um momento, eu iria infartar a qualquer momento.

- Então doutor? - minha mãe foi até ele e fez a pergunta que eu não consegui - como está minha nora?

- Hanna está bem, assim como a bebê, o parto foi tranquilo. Hanna ja está indo para o quarto, mas Cecília ainda vai ficar um pouco na UTI porque é prematura.

- Mas ela vai ficar bem não é doutor? Minha neta? - mamma perguntou aflita e engoli em seco sentindo minhas pernas fracas.

- Sim, ela é forte apesar de prematura! Ela só precisa ficar na encubadora até ganhar peso.

- Graças a deus! - mamma exclama aliviada e eu solto a respiração que estava segurando.

Nunca pensei que passaria por tanta tensão assim em minha vida, nem quando fui torturado senti esse medo que senti ao ver Hanna entrar naquela sala. Se Hanna não quisesse mais filhos eu apoiaria, não sei se suporto passar por isso novamente.

Sento no sofá e sinto meu corpo dormente. Onde foi parar o homem frio e sem sentimentos que havia dentro de mim? Hanna me desmontou inteiro me deixando fraco, e não me envergonho por isso, por ela eu não me importo em parecer assim, contanto que ela fique bem e agora tenho mais uma garotinha para proteger, minha Cecília nasceu,

- Porra eu sou pai! - sorrio feliz e Matteo me abraça.

Todos vieram até mim me cumprimentar e felicitar por minha garotinha. Meu sorriso não conseguia desmanchar em meu rosto. Chorei feito um bebê quando o médico me deixou ver Cecília, que agarrou meu dedo me mostrando o quanto era forte e ali eu a prometi que ninguém nunca a machucaria, eu mataria qualquer um que tentasse.

Quando Hanna foi para o quarto eu fui também e fiquei ao lado dela até que ela acordasse. Quando abriu os olhos me abriu um sorriso de canto a canto me fazendo chorar novamente, eu parecia um maricas na frente dela, mas não me importei com isso, Hanna era meu mundo e me transformou para melhor. Sou melhor por cauda dela!

Um mês depois nós voltamos para casa, eu fiquei no hospital até que ela pudesse sair, mesmo que hanna tivesse alta, Cecília ainda não havia sido liberada então nós ficamos lá até ela vir conosco.