15|Ana Luíza| 🫀

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Quando entrei em casa tive a surpresa mais inesquecível da minha vida , minha mãe estava lá sentada no sofá com um cinto em suas mãos , ela segurava aquilo tão forte que suas mãos estavam vermelhas.

— Mãe?, o que aconteceu? - Me dirijo a ela lentamente e jogo minha mochila no canto da sala

Ela se levanta e caminha em minha direção, sua respiração estava pesada e ela bufava na minha cara e eu ali sem entender nada , até que ela começa a bater em mim sem parar , eu mandava ela parar com aquilo , mas ela não parava , eu estava sem entender absolutamente nada , até que ela começou a falar em meio as chicotadas e tapas que ela me dava.

— Você é uma nojenta Ana Luíza, eu tenho ranço de ser sua mãe ! Como você é pobre menina , como você pode fazer isso ! ,enfiar homem dentro desta casa sagrada! Sua vadia , vagabunda ! - Ela me xingava tanto que não compensa eu falar tudo aqui.

— Mãe .... Eu não ...fiz .... Mãe por favor pare com isso! Está machucando eu - Digo sem ar

Ela não parou , só quando um vizinho ameaçou ela a chamar a polícia, pois meus gritos eram de dor , ela me jogou no meu quarto e me deixou sem comer durante dois dias , ligou na minha escola dizendo que eu estava doente ! , me deixou lá presa até que ela abriu a porta e me falou uma coisa que doeu mais ainda em mim.

Além da fome que eu estava, meu corpo estava roxo dos socos que ela me deu além de tudo.

— Você pega suas tralhas e vai morar na rua , eu avisei, saia da minha casa ! Vai lá da o cu pra ele vai , sua nojenta que nojo que eu tenho de você ! - Dizia ela jogando duas malas pesadas em cima de mim e uma mochila.

Eu mesmo com dor fiz questão de me levantar e pegar tudo o que eu consegui e quando eu descia as escadas com dor na coluna, ela me jogou da escada, eu gritava de dor e ela ficou apenas olhando e fechou a porta da sala.

Peguei as malas com muita dificuldade e a mochila e sentei na beirada da calçada, peguei meu celular e vi que só tinha 3% de bateria , liguei para o único número que eu tinha marcado , a central do BOPE.

A moça na linha me disse que ia mandar uma viatura e eu rezei para que fosse ele , chorava compulsivamente e sentia frio , fome , eu não desejo isso para ninguém, eu não sabia nem o que pensar.

Só queria estar nos braços quentes dele , quando vi dois carros pretos vindo com o símbolo subindo a rua , eu até sorri. Ele saiu do carro com aquele seu jeito de policial do mal e me viu ali sentada , mandou eu respirar e eu contei a ele o houve , ele só fez dois movimentos rápidos , foi até o colegas e eles foram embora , deixado um carro, ele pegou eu colocou no carro e minhas coisas ele jogou no banco de trás

— Eu não sei nem o que dizer Ana Luíza - Diz ele suspirando pesadamente

— Eu não sei como estou viva ainda - Viro o rosto para olhar para ele

Ele estava tão bonito de farda , imponente .... Acho que desmaiei de fome , pois quando acordei eu estava num sofá num lugar bem pequeno, parecia um apartamento e eu estava certa disso.

— Ana ? , está tudo bem ? - Forcei minha vista e vi ele sentando na cadeira

— Eu ...tô me sentindo mal , o que aconteceu - Digo me sentando devagar , mas a dor era forte e eu gemi

Ele veio até mim e me deu um beijo apaixonado, por uns instantes achei que tinha morrido e ele tinha me dado o beijo para me acordar.

— Eu vou esquentar uma sopa para você comer tá , fica aí - Diz ele se levantando e indo até a cozinha.

Olhei ao redor e reparei que tinha um tapete marrom no centro da possivelmente sala dele , uma televisão de tubo ainda , e uma estante com algumas coisas dele inclusive uns troféus dele do BOPE.

Me levantei e ele passou por mim indo ao banheiro, nisso eu fui olhar a cozinha , bem simples, uma mesa de pé de ferro e duas cadeiras , uma geladeira Eletrolux antiga , a pia cheia de louça, e a área de serviço lotada de roupa para lavar.

Dei risada e caminhei lentamente até o outro lado e me deparei com seu quarto , uma cama grande desorganizada , um armário sem portas cheio de roupas tudo amontoadas junto com cuecas e meias e uns vidros de perfume.

— Caramba que chiqueiro - Digo alto sem perceber

— Está falando mal do meu apartamento? - Sua voz me deu tremedeira e eu me virei e ele estava parado no patente da porta

— Não , de forma alguma - Digo sem jeito e ele pega na minha mão e leva até o sofá.

Ele fez eu comer uma sopa requentada que estava até boa , comi tudo em segundos e ele ficou até surpreso.

— Você estava com fome em - Diz ele pegando a tigela da minha mão

— Ainda estou , passei dois dias trancada no meu quarto.

— Como é? Sua mãe deixou você trancada ? Puta merda - Diz ele voltando da cozinha

— Sim ela fez isso , ela ficou louca , eu não sei o que deu nela , mas eu não quero voltar lá ! - Ele me abraça lentamente para não me machucar.

Depois ele me fez tomar um banho e arrumou a cama dele para eu deitar , fez curativos em mim e me deu analgésicos.

— Você é meu herói - Digo olhando para ele enquanto ele passava a pomada na minha perna

— Eu sou mais do que isso e veja se dorme um pouco tá , eu vou ficar na sala - Diz ele e eu fico emburrada

— O que foi Ana Luíza?

— Você não vai deitar aqui? - Aponto para cama

— Não , eu não vou

Ele sai do quarto e desliga a luz , vejo que ele ligou a televisão e depois abaixou ela , fiquei sentida com isso e estava tão exausta que dormi profundamente.

Quando eu acordo , senti algo me abraçando, porra , era ele mesmo, atrás de mim gostoso dormindo de roncar, eu sorri vendo a cena e virei para beijar sua boca lentamente.

Ele sentiu isso e gemeu contra meus lábios e foi lutando contra o sono e provavelmente cansaço também.

Ele sentiu isso e gemeu contra meus lábios e foi lutando contra o sono e provavelmente cansaço também

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• caramba em que revira volta !

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