84| Capitão Nascimento 💀|

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Enquanto Ana Luíza ia tomar um banho eu liguei para a central de segurança onde eu trabalhava. Às vezes eu me pegava pensando como seria se eu pudesse voltar ao BOPE, eu amava aquele lugar, por mais que fosse perigoso , era onde eu me sentia eu.

( Ligação)

- Nivaldo?, é o Roberto Nascimento, tudo bem?

- Olá Roberto, tudo bem sim, graças a Deus, mas você não está atrasado hoje não?

A voz dele era meio brincalhona,enquanto eu fiquei em silêncio na linha um pouco e suspirei

- Sim, eu tive uns problemas e não pude sair de casa, filhos sabe como é

Falei num tom irônico

- Entendi, isso acontece mesmo, os meus já tem 17 e outro 20 , eu sei como é quando eles ainda são crianças, mas assim você vem hoje ou cair fora?

- Se eu puder fazer o trabalho em casa eu aceito, será que podem me dar essa oportunidade?

A linha fica muda uns instantes mas depois o barulho da central ao fundo retorna.

- Bom Nascimento, pode sim, somente hoje tá bom, amanhã você venha ok ?

- Tudo bem Nivaldo, qualquer coisa dá um toque.

( Ligação encerrada)

Olhei e vi Ana Luíza se vestindo, ela colocava uma calcinha fina de renda , sutiã e um macacão, porra eu já fiquei animado só de ver ela, fui em sua direção e cheirava seu pescoço.

— Mhm que cheirosa meu Deus! Falei num tom rouco

— Obrigada Amor

— Eu sempre vou amar cheirar você assim

— E eu sempre vou amar ver você fazendo isso

Ela riu me fazendo sentir mais tesão ainda, prendi ela contra a parede e beijei sua boca suavemente, apertava sua cintura com minhas mãos enquanto ela se envolvia no beijo comigo.

Depois de algumas horas eu fui buscar os dois pestinhas na escola e quando eu fui beijar Ana Luíza de novo um barulho nos distanciou, era Bianca andando até nosso quarto com cara de choro, peguei ela no colo e sentei ela na nossa cama.

— Que foi minha princesinha? Minha voz sai preocupada enquanto eu tento respirar normalmente

— O Beto não deixa eu binca! - ela emburrou e chorou

— Como assim filha?- Ana Luíza falava incrédula e chamou Beto.

Ele apareceu com uma cara de tacho e sorrindo como se nada tivesse acontecido, eu encarei os olhos dele e ele começou a chorar, foi o baque final, Ana Luíza pegou ele e começou a acalmar ele enquanto os murmúrios começavam de ambos os lados.

— Beto não pode, sua irmã tem direito de brincar com suas coisas! , ela é sua irmã caralho !

Eu alterei a voz, e Ana Luíza colocou a mão no meu peito, me fazendo perder um pouco o equilíbrio.

— Amor não fala assim!

— Como não! Eu tô criando um homem ou um muleque que não sabe dividir as coisas!

— Mas papai ! Beto falava chorando

— Mais papai nada!, você errou feio, ainda bateu o carinho na testa da sua irmã !

— Me desculpa! Ele falava em soluços

— Amor, eu vou conversar com os dois por favor sai do quarto.

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