Reflexão e revelações 🍂

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“Os miseráveis não têm outro remédio a não ser a esperança”
— William Shakespeare

“Os miseráveis não têm outro remédio a não ser a esperança”— William Shakespeare

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Henry Blackwood

O sol começava a se pôr sobre o horizonte da Inglaterra, lançando uma luz dourada sobre a cidade. A brisa leve de tarde carregava consigo a promessa de uma noite tranquila, mas em minha mente, o tumulto era tudo, menos pacífico. O parque de Richmond parecia um sonho distante, uma memória recente que não conseguia afastar. Eu não conseguia tirar Catherine Pembroke de meus pensamentos, e essa incessante presença era tanto deliciosa quanto perturbadora.

Sentado em um dos meus lugares favoritos, um clube de jogos e apostas, que era o cenário usual de meus encontros e aventuras, eu tentava me concentrar nas cartas em minha mão

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Sentado em um dos meus lugares favoritos, um clube de jogos e apostas, que era o cenário usual de meus encontros e aventuras, eu tentava me concentrar nas cartas em minha mão. No entanto, mesmo o barulho das conversas e o tilintar das fichas não conseguia dissipar as imagens da última vez que estive com Catherine. Lembro-me claramente da forma como seus lábios tocaram os meus, um beijo que parecia ser tanto um desafio quanto uma concessão. Havia algo desafiador em sua voz, em suas palavras carregadas de sarcasmo, que só a tornava ainda mais intrigante.

— Henry, uma palavra, — a voz de Lorde Harrington cortou meus pensamentos, e eu  olhei para cima, encontrando-o com um olhar que era, na melhor das hipóteses, indiferente.

Ele era o noivo de Catherine, um homem que eu já tinha o desprazer de conhecer bem. Se havia uma pessoa na Inglaterra que poderia me fazer desprezar o brilho dos olhos de Catherine, era ele.

— Certamente, Harrington, — respondi, levantando-me com um sorriso que não alcançava meus olhos — O que posso fazer por você? 

— Ouvi rumores sobre um encontro no parque de Richmond, — disse ele com um tom de voz que poderia ser descrito como uma mistura de curiosidade e condescendência — Dizem que você estava se divertindo com uma dama da alta sociedade.

— Só um encontro casual — repliquei, tentando manter a compostura — Não é nada que deva inquieta-lo.

O olhar de Harrington se estreitou, um pequeno sorriso, curvando seus lábios, mas havia algo de desdenhoso em sua expressão.

— Ah, sim, Apenas se lembre, Blackwood, que as regras da nossa sociedade tem um propósito. E algumas senhoritas não são tão fáceis de conquistar quanto parecem.

A ameaça velada em suas palavras foi suficiente para me despertar do estado de contemplação. O comportamento de Harrington e a maneira como ela falava de Catherine como se fosse uma peça de xadrez em seu jogo me irritava profundamente.

Decidi que era hora de tomar uma atitude direta. Se a sociedade queria seguir com suas regras rígidas, eu não me conformaria a ser apenas um espectador na vida de Catherine. O desejo de ver Catherine novamente, de realmente entender o que ela significava para mim, era forte demais para ser ignorado.

 O desejo de ver Catherine novamente, de realmente entender o que ela significava para mim, era forte demais para ser ignorado

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Na manhã seguinte, tomei a decisão de ir até a casa de Catherine. Eu precisava falar com ela, de uma forma mais direta, sem os intermediários e formalidades. Cheguei à mansão dos Pembroke e, após uma breve espera, fui recebido por Sir Edward Pembroke. O homem era imponente, com uma presença que exigia respeito, e eu sabia que minhas intenções poderiam ser mal interpretadas.

— Blackwood, — comentou Sir Edward com um tom de voz que deixava claro que não estava satisfeito com minha visita — O que o traz à minha casa?

— Venho convidar Lady Pembroke para um passeio, — respondi com a maior cordialidade possível — Desejo conversar com ela sobre alguns assuntos de interesse pessoal.

Sir Edward franziu a testa, seu olhar se tornando mais severo.

— Não sei se você entende a gravidade, Blackwood, mas a reputação de minha filha é preciosa. A última coisa que precisamos é de um libertino como você tentando manchar o bom nome da família Pembroke.

— Eu asseguro-lhe que não tenho intenções de desonrar ninguém, — falei, tentando manter a calma, apesar da frustração que começava a se acumular — Minha intenção é genuína e respeitosa.

— Então deixe-me ser claro, — Sir Edward continuou, sua voz firme — Catherine está comprometida e qualquer comportamento que possa ser considerado impróprio por sua parte será tratado com a devida seriedade. Sugiro que se retire antes que a situação se agrave.

Senti o peso de suas palavras e, com uma reverência curta, me retirei da casa dos Pembroke. A rejeição era amarga, mas só reforçava minha determinação. Se Catherine era o que eu desejava, então eu estava disposto a enfrentar qualquer obstáculo para conquistá-la. A sociedade pudesse ter suas regras, mas eu tinha a minha própria forma de desafiá-las.

 A sociedade pudesse ter suas regras, mas eu tinha a minha própria forma de desafiá-las

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