Versos de arrependimento 🍂

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"Há mais perigo em teus olhos do que em vinte espadas"
— William Shakespeare

"Há mais perigo em teus olhos do que em vinte espadas"— William Shakespeare

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Henry Blackwood

Retornei a Londres após quase um mês em Yorkshire, onde os problemas em minha propriedade exigiram mais tempo e paciência do que eu previra. A cada dia que passava longe de Catherine, a saudade corroía-me por dentro como um veneno lento. A lembrança de seu rosto, de seu sorriso, dos seus olhos faiscantes de determinação, tudo isso me assombrava a cada noite. Eu precisava vê-la, ouvi-la, explicar-me uma vez mais, mesmo que ela pudesse me rejeitar novamente.

Minha primeira parada foi em sua residência. Ao chegar, fui atendido por Jane, a criada de Catherine, que abriu a porta com um olhar de surpresa e uma sobrancelha erguida. A mulher tinha uma postura firme, e eu sabia que ela seria leal à sua senhora.

— Boa tarde, Jane — cumprimentei, tentando manter um semblante cordial. — A senhorita Pembroke se encontra?

Jane, sem mover um músculo além do necessário, respondeu:

— Não, senhor Blackwood. A senhorita Catherine saiu há algum tempo. Creio que foi ao Museu Britânico, à biblioteca.

— Entendo — falei, sentindo meu coração acelerar. — Como ela tem passado?

— Ocupada, senhor, com suas responsabilidades e... preparativos — respondeu, com um tom neutro, mas que eu poderia jurar ter um toque de reprovação.

Acenei, resignado, mas decidi agradecer. — Obrigado, Jane. Farei o possível para encontrá-la. Passe bem.

Ela assentiu, e eu me afastei, apressado, rumo ao Museu Britânico. Em minha mente, cada passo meu era impulsionado pela urgência de corrigir o erro que cometera ao me afastar dela.

Quando cheguei à biblioteca, caminhei pelos corredores silenciosos, os olhos atentos, o coração martelando no peito

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Quando cheguei à biblioteca, caminhei pelos corredores silenciosos, os olhos atentos, o coração martelando no peito. Foi então que a vi.

Ela estava de costas para mim, mas reconheci sua postura de imediato. Catherine. Por um momento, pensei em recuar, hesitante, mas a necessidade de falar com ela, de me redimir, foi mais forte. Comecei a recitar um poema de Blake, um que sempre guardei para mim, esperando que ela sentisse meu arrependimento nas palavras.

O Libertino e a Dama Indomável Onde histórias criam vida. Descubra agora