A conspiração 🍂

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“A inveja é a arma dos fracos”
— William Shakespeare

“A inveja é a arma dos fracos”— William Shakespeare

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Lorde George Harrington

Fim da tarde

A tarde estava envolta em nuvens pesadas e um clima desconfortavelmente sombrio, refletindo meu estado de espírito, ao sair de uma reunião, avistei Henry Blackwood entrando em um bordel. A cena foi um choque inesperado, mas o que realmente incendiou meu espírito foi a lembrança de que Catherine Pembroke, minha noiva, estava no mesmo dia experimentando vestidos de noiva em uma loja de modas.
Minha mente voltou imediatamente ao encontro que eu havia descoberto na calada da noite entre Catherine e Blackwood. A ideia de vê-los juntos, em segredo, foi uma ofensa à minha honra e um desafio ao meu controle.

O pensamento de Catherine se entregando a um homem como Blackwood, um homem cuja reputação era de deboche e desregramento, era intolerável.

Foi esse encontro secreto que inflamou minha decisão de preparar um plano que a forçasse a confrontar a verdade sobre seu amante. Precisava assegurar que Catherine visse Blackwood em uma situação que revelasse seu verdadeiro caráter. O plano começou a se formar em minha mente, claro e meticulosamente calculado.

 O plano começou a se formar em minha mente, claro e meticulosamente calculado

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Com uma determinação fria, fui ao encontro do proprietário do bordel. Ofereci-lhe uma quantia generosa para garantir que Henry fosse embriagado e cercado por cortesãs. Essas mulheres, que trabalhavam no local, foram instruídas a se aproximar de Blackwood, garantindo que sua situação fosse a mais desastrosa possível. A ideia de criar o cenário de vergonha que Catherine não poderia ignorar.

 A ideia de criar o cenário de vergonha que Catherine não poderia ignorar

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Em seguida, fui atrás de Catherine. O destino havia me proporcionado a oportunidade perfeita: ela estava provando vestidos de noiva, alheia ao que estava prestes a acontecer. Encontrei-a com facilidade, graças a meus contatos e influência. Abordei-a com uma cordialidade disfarçada, convidando-a para um passeio.

— Lady Pembroke, — disse eu, com um tom que escondia minha verdadeira intenção — Estava pensando em como poderíamos passar o fim de tarde. Que tal um passeio?

Ela aceitou, sem escolhas, sem suspeitar da armadilha que estava sendo preparada.

A escuridão da noite começava a se instalar enquanto guiava Lady Pembroke pelas ruas de Londres. A visão da minha dama, tão desconfortável quanto eu esperava, servia a meu propósito. O bairro de má fama se aproximava, e a cena que estava prestes a presenciar era um golpe meticulosamente planejado.

— Lady Pembroke  — comecei, meu tom de voz carregado de uma frieza calculada — Não se assuste com a atmosfera deste passeio. O que você verá é uma revelação. Não um presente, mas uma lição.

Ela me lançou um olhar de curiosidade misturado com ceticismo.

— Lorde Harrington, um passeio a lugares como este não é exatamente o que eu esperava de um compromisso de noivado. O que pretende mostrar-me?

— Confie em mim, — respondi, mantendo o controle das minhas emoções — A verdade frequentemente se revela de maneiras inesperadas.

— Confie em mim, — respondi, mantendo o controle das minhas emoções — A verdade frequentemente se revela de maneiras inesperadas

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Ao chegar à entrada do bordel, o ambiente se transformou em uma combinação de fumaça e risadas abafadas. A fachada do local, discreta para os padrões da cidade, estava marcada pela iluminação vermelha característica. Abrindo a porta, deixei que Catherine entrasse primeiro, observando seu rosto mudar ao perceber o interior do local.

Henry Blackwood estava no centro da sala, evidentemente embriagado. As cortesãs, estavam ao seu redor, rindo e flertando com ele de forma desinibida. Havia algo particularmente satisfatório em vê-lo naquelas condições, rodeando pela vulgaridade que ele tanto desprezava.

— Por Deus, Lorde Harrington, — exclamou Catherine, seu choque visível — O que é isto? Um espetáculo para me impressionar? 

Permiti-me um sorriso subtil, um reflexo da vitória que sentia.

— Às vezes, a verdade sobre o carácter de uma pessoa só se revela nas situações mais inesperadas. Espero que esta cena a faça ver o senhor Blackwood sob uma nova luz.

Catherine parecia horrorizada e confusa, sem entender completamente a manipulação que havia atrás do espetáculo.

— Então é isto que queria mostrar-me? — Sua voz tremia ligeiramente — Um homem arrastado para a humilhação por um grupo de… cortesãs? Que visão deplorável.

— Considere isso uma lição — repliquei, minha voz carregada de um desdém calculado — O carácter é frequentemente revelado de maneira mais clara quando se está em sua forma mais vulnerável.

Catherine, visivelmente perturbada, observou Henry com descrença. Eu, por minha vez, assistia com um senso de realização, sabendo que o plano estava concluído com sucesso. A humilhação de Henry e a revelação para Catherine haviam sido alcançadas,

Agradecendo ao destino por ter conseguido conduzir o plano com eficácia, observei Catherine virar-se para sair. A sensação de controle absoluto era inegavelmente gratificante. A cena que havia planejado cumprira seu propósito: expor Blackwood e reforçar o poder que eu exercia sobre a situação.

Enquanto a deixava partir, sabia que o resultado dessa tarde moldaria de maneira decisiva as próximas etapas de nosso relacionamento. Com um último olhar para o tumulto dentro do bordel, deixei o local com um sorriso satisfeito.

O Libertino e a Dama Indomável Onde histórias criam vida. Descubra agora