Sombras da ausência 🍂

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“A alma resiste muito mais facilmente às mais vivas dores do que à tristeza prolongada.”
— Jean Jacques Rousseau

”— Jean Jacques Rousseau

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Henry Blackwood

Eu estava exausto. Os dias eram um borrão cinzento, onde o sol parecia nunca brilhar. O peso da ausência de Catherine se infiltrava em cada canto da minha alma. Eu a procurei incessantemente, mas a cada nova porta que se fechava, a cada pista que me levava a lugar nenhum, sentia-me cada vez mais perdido. As palavras de Sir Edward ainda ecoavam em minha mente.

— Minha filha não está aqui, Blackwood. E mesmo que estivesse, eu jamais permitiria que um homem de sua espécie a visse novamente.

Eu ignorei sua fúria, suas ameaças. Arrombei portas, percorri corredores, mas a casa estava vazia. Catherine se fora, e com ela, tudo que me importava.

A cada gole de uísque que descia pela minha garganta, sentia menos o mundo à minha volta, mas a saudade... essa permanecia, intocada e imensa. Era como uma sombra que me seguia, onde quer que eu fosse. Thomas, meu fiel amigo e mordomo, me olhava com crescente preocupação. Eu sabia que ele queria dizer algo, mas suas palavras ficavam presas, como se ele também tivesse medo do que eu poderia fazer.

 Eu sabia que ele queria dizer algo, mas suas palavras ficavam presas, como se ele também tivesse medo do que eu poderia fazer

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Eu estava sentado na poltrona, o copo de uísque na mão, com os olhos perdidos nas chamas da lareira. Fazia semanas que Catherine havia desaparecido de minha vida, e cada dia parecia um castigo. O silêncio de sua ausência era ensurdecedor.
Thomas, entrou no quarto sem cerimônia, o rosto mais preocupado do que de costume. Ele hesitou por um momento antes de falar.

— Senhor Blackwood, isso não pode continuar assim — disse ele com uma voz firme, mas cuidadosa.

Levantei os olhos, mas não disse nada. Apenas esperei.

— Faz semanas que não saí de casa, e o senhor... bem, não parece o mesmo homem. A bebida, senhor... Não pode deixar isso te consumir.

Soltei um riso amargo.

— O que quer que eu faça, Thomas? Que finja que tudo está bem? — Respondi, sentindo o peso das palavras em minha língua. — Como posso seguir em frente sem saber onde ela está? Sem ela, nada faz sentido.

O Libertino e a Dama Indomável Onde histórias criam vida. Descubra agora