“Ouça minha alma falar; no mesmo instante em que te vi, meu coração voou para o seu serviço; lá reside, para me fazer escravo dela”
— William ShakespeareHenry Blackwood
A visão de Catherine, despida em minha cama, era a mais bela imagem que meus olhos já contemplaram. Seus traços delicados, suavemente iluminados pela tímida luz do candeeiro, calavam-me qualquer palavra. Meu coração, antes tão firme, agora pulsava desordenado, como se o próprio tempo ao nosso redor houvesse cessado, e tudo o que restava no mundo fosse aquele instante — e ela, pura e deslumbrante, diante de mim.
— Quero que seja você — murmurou.
Suas palavras cravando-se em meu espírito e dissipando o último resquício de razão que ainda me segurava. Sem hesitar, minha mão traçou um caminho suave sobre sua pele, sentindo o calor febril que ali vibrava. Seus mamilos, enrijecidos como um convite sagrado, ergueram-se diante de mim, e, como um devoto, aceitei o chamado. O tempo parecia flutuar, preso na intensidade daquele momento em que apenas nós dois existíamos.
Meus lábios roçaram seus seios com reverência, cada mordida e sucção era um ato de adoração, e a sensação era semelhante a um fogo brando que lentamente consumia meu ser. À medida que o mundo lá fora se dissolvia, eu me entregava ao encanto de seu corpo, onde cada toque revelava uma paixão que há muito desconhecia.
Os suspiros que escapavam de seus lábios quebravam o silêncio do quarto, como notas suaves de uma melodia íntima, ecoando em meu peito e acelerando cada batida do meu coração. A atmosfera que nos cercava estava densa, impregnada por um desejo que nos enlaçava, e cada som que emergia de sua boca era uma sinfonia capaz de me aprisionar ainda mais àquele momento.
Minhas mãos, exploradoras, deslizavam com devoção pelas curvas de seu corpo, e a excitação que surgia em mim era quase avassaladora. A maciez de sua pele, tão nova sob meus dedos, provocava sensações até então desconhecidas, e cada contato parecia atiçar ainda mais o incêndio de paixão que nos envolvia. Era um êxtase que jamais havia experimentado.
Eu tinha sede dela, de tudo o que ela representava e me oferecia. Uma fome voraz tomava conta de mim, e a necessidade de mergulhar em sua essência, de possuí-la inteiramente, era uma chama que se avivar mais a cada instante.
Sem demora, pus-me de pé, despindo-me lentamente. A cada peça de roupa que tocava o chão, eu me entregava um pouco mais ao que estava por vir. Catherine me observava, seus olhos brilhando como brasas ardentes, repletos de desejo e fascínio. A vulnerabilidade daquele momento não me amedrontava, pelo contrário, tornava-se uma afirmação de minha determinação em nos abandonar aquela paixão inebriante .
O calor de seu olhar tornava o ar denso ao nosso redor, como se a própria atmosfera estivesse a nosso serviço, envolvendo-nos com sua eletricidade.
— Sente-se, — ordenei, minha voz grave, carregada pela autoridade de quem ansiava por tomá-la por completo.
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O Libertino e a Dama Indomável
عاطفيةSinopse 🍂 Na Inglaterra de 1797, onde as convenções sociais determinam os destinos das mulheres, Catherine Pembroke, uma jovem inteligente e de espírito livre, se vê encurralada por sua família para um casamento indesejado com um homem muito mais v...